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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

7 frases proibidas na entrevista de emprego

Talita Abrantes

De erros de português até frases que mostram prepotência, confira quais as sentenças que devem ser limadas da entrevista.

Na entrevista, ser autêntico é tudo. Mas, cuidado, para não cair em alguns erros que só a espontaneidade pode trazer.

Na hora da entrevista de emprego, as perguntas feitas pelo recrutador até podem ser clássicas, mas as respostas dadas pelo candidato não. Fugir do senso comum e ser autêntico, de fato, é a chave para conseguir se destacar nesta etapa do processo de seleção.

Na meta de mostrar quem se é de verdade, há quem perca o bom senso e descambe para assuntos, frases e posturas inadmissíveis quando o que está em jogo é sua carreira.  Confira quais sãos as frases (e consequentemente, respostas e atitudes) proibidas durante a entrevista de emprego:

“A nível de .... Vou estar enviando ....”

É comum que, em momentos de extremo nervosismo, alguns escorregões no português aconteçam. Mas isso, jamais, deve ser a regra. Segundo especialistas, todo candidato precisa ter atenção redobrada na hora de conjugar verbos ou, simplesmente, pronunciar algumas palavras.

Com isso, fique atento para não rechear seu discurso com gerundismos, concordâncias verbais ilógicas e vícios de linguagem. “Tudo isso torna a comunicação do candidato muito feia”, afirma Othamar Gama Filho, sócio da Recruiters.

“Meu ex-chefe era muito controlador ...”

... (ou mal amado ou chato ou incompetente) ou qualquer outro adjetivo negativo para quem dominava a batuta na sua antiga empresa. Falar mal do chefe ou da antiga empresa é, de longe, um dos piores erros em uma entrevista de emprego.

No mínimo, pode demonstrar que você não soube fazer boas escolhas de carreira e, no pior dos cenários, mostrar que você não sabe assumir suas próprias responsabilidades, segundo Gama Filho.

“Sempre foque em como desempenhou sua função e nas coisas que agregaram à sua carreira”, afirma Fabiane Cardoso, coordenadora Nacional de Qualidade da Adecco Brasil.

A dica é: se o descontentamento com o chefe e emprego anterior estiver latente, mantenha se calado. “Se você não tem nada de bom para falar, melhor não falar nada”, diz Gama Filho.

“Em cinco anos, quero estar no seu cargo”

Uma pitada de ambição sempre conta pontos a favor do candidato. Mas um tom de agressividade, de interesse para além da conta e até de vocação para “puxar tapetes alheios” assustam. E muito. “Cinco anos é um prazo muito pequeno. No mínimo, pode mostrar que você não tem paciência”, afirma Gama Filho.

 “Aqui é uma boa empresa para começar minha carreira”

Atenção extra para não demonstrar que você enxerga aquela oportunidade como um mero trampolim profissional. “Você não sabe o futuro. Talvez você comece a crescer na empresa”, diz Gama Filho.
“Você não pode pensar que a empresa vai apenas de dar um bom nome no currículo para abrir portas em outra companhia”. Não pode pensar, muito menos argumentar isso na entrevista.

“O faturamento da minha atual empresa é de 50 trilhões de dólares por mês”

Quando questionado sobre valores de mercado e estatísticas, cuidado para não inventar. Mentir sempre pega mal em uma entrevista de emprego. Chutar alto ou baixo demais pode mostrar falta de noção do contexto de mercado que sua carreira está inserido. Dica? Na dúvida, admita que não tem ideia dos números exato.

“Eu preferia outra vaga, mas como me chamaram para esta, decidi tentar, né?”

Demonstrar interesse é essencial. Desdenhar da oportunidade, no entanto, é erro para recrutador nenhum botar defeito. Por isso, é fundamental mostrar foco na hora da entrevista.

Se você quer muito outra área, não tem porque ir a uma entrevista de um setor que não quer. “O que você não pode é participar de uma entrevista em determinada área e falar que quer mudar depois”, diz Fabiane.

“Vocês emendam feriados?”

A nova geração de entrevistas de emprego abre espaço para que o candidato também faça perguntas e entenda mais da oportunidade em questão. Agora, cuidado para não bancar o inquisidor e colocar o recrutador contra a parede.

“Não é o momento para discutir políticas internas. Questões ligadas à legislação e negociação salarial deve ficar para um segundo momento”, afirma Fabiane.
Fonte: Exame.com