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terça-feira, 29 de novembro de 2011

Conseguiu um emprego temporário? Saiba como funciona.

Temporário sim, mas com direitos

Tiago Cisneiros

Neste fim de ano, só o comércio deve gerar 16 mil empregos de temporada. Veja o que exigir no contrato


Moniquele Matias, 19, conseguiu uma vaga na rede de calçados Esposende e tem esperanças de ser efetivada.

Com o aquecimento provocado pelas festas de fim de ano, o comércio costuma abrir as portas para os empregados temporários. Só no Recife, em 2011, são cerca de 16 mil oportunidades, segundo a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL). Em novembro, Moniquele Matias, 19, conseguiu uma delas como vendedora da rede de lojas Esposende. Agora, espera se consolidar no mercado. “Se depender de mim, vou ser contratada. Estou fazendo de tudo para corresponder às metas.” Se você também conquistou ou está em busca de uma vaga, fique atento aos seus direitos.

Para começo de história, é importante verificar se o contrato de trabalho determina as formas de indenização, caso o vínculo entre empresa e empregado seja rompido, sem justa causa, antes do prazo determinado. “O que se prevê, com base no artigo 479 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), é o direito ao valor correspondente a 50% dos salários que seriam devidos até o final”, explica o advogado trabalhista Ivan Barbosa.

O contrato de trabalho é importante para garantir os direitos do empregado temporário. Ele deve ter o mesmo salário e cumprir a mesma jornada que os outros funcionários de mesma função, recebendo, inclusive, remuneração por horas extras e adicional por trabalho noturno. O empregador também deve lhe assegurar vale-transporte, depósito do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), pagamento de férias e de 13º salário proporcionais, entre outros benefícios. O repouso semanal remunerado também pode fazer parte da lista, exceto quando o trabalhador recebe por comissão.

O “quase” que separa os direitos dos empregados temporários daqueles que são garantidos aos demais trabalhadores está, sobretudo, nas restrições ligadas ao caráter “determinado” do contrato. “O funcionário não faz jus nem direito à indenização pela ausência do aviso prévio nem à multa dos 40% do FGTS, porque ele já sabia, desde o início, que o seu vínculo com o empregador seria interrompido naquele momento”, afirma o advogado trabalhista Thiago Cavalcanti, do escritório Queiroz Cavalcanti.

Essas limitações, no entanto, só existem se o contrato de trabalho deixar claro que aquele vínculo entre empresa e empregado é por tempo determinado. Caso contrário, o trabalhador poderá requerer os seus direitos de forma plena, como se estivesse atuando sem ter ciência do prazo da relação.

Saiba mais

10 direitos do empregado temporário

1. Mesmo salário que os demais funcionários que exerçam a sua função
2. Mesma jornada que os demais funcionários que exerçam a sua função
3. Vale-transporte
4. Pagamento de horas-extras
5. Inscrição na Previdência Social (com contagem para a aposentadoria)
6. Repouso semanal remunerado
7. Adicional por trabalho noturno
8. Pagamento de férias proporcionais
9. Pagamento de 13º salário proporcional
10. Depósito do FGTS

Fontes: Ivan Barbosa (advogado) e Diário de Pernambuco/Admite-se 27/11/2011

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Saiba que formações são aceitas em concursos de nível superior

Lia Salgado

Curso sequencial, a distância, tecnólogo, licenciatura e bacharelado: quais são aceitos como nível superior nos concursos? Para esclarecer às diversas dúvidas enviadas pelos internautas do G1, explico nesta coluna as diferenças entre eles e quais atendem a requisitos comuns encontrados nos editais, como "curso superior" e "graduação".

Tecnólogo
Os cursos superiores de tecnologia ou graduações tecnológicas são cursos de graduação de nível superior, com características especiais. O formato é mais compacto, com duração média em torno de 3 anos- menor do que a dos cursos de graduação tradicionais. Porém seu diploma tem validade nacional e deve ser aceito em concursos para nível superior, inclusive quando o edital exigir graduação de nível superior. Só não será aceito caso o edital exija especificamente bacharelado ou graduação com duração mínima de 4 anos.
O curso de tecnólogo, no entanto, não deve ser confundido com os cursos sequenciais, que não são graduações, ainda que sejam de nível superior.

Curso sequencial
Os cursos sequenciais são cursos de nível superior, mas não conferem título de graduação. Há dois tipos de cursos sequenciais definidos pelo Ministério da Educação: Cursos Sequenciais de Complementação de Estudos, com destinação individual ou coletiva, e conduzindo à obtenção de certificado; e Cursos Sequenciais de Formação Específica, com destinação coletiva e conduzindo à obtenção de diploma.

No caso dos cursos sequenciais de complementação de estudos, a criação pode ser feita sem autorização prévia do MEC e esses cursos não são objeto de reconhecimento, ao contrário dos cursos sequenciais de formação específica, sujeitos aos processos regulares de autorização e reconhecimento.

Assim, para concursos públicos que especifiquem apenas o requisito de ser portador de diploma de nível superior, quem fez curso sequencial de formação específica poderá se inscrever. Já o portador de certificado de curso sequencial de complementação de estudos (individual ou coletivo) não poderá.

Os concursos que especifiquem que os candidatos devam ser portadores de diploma de curso superior de graduação excluem os formados em qualquer curso sequencial.

Licenciatura e bacharelado
Licenciatura e bacharelado são graduações de nível superior, sendo que a licenciatura oferece, além das disciplinas inerentes ao curso escolhido, técnicas destinadas à formação de professores. No bacharelado, a formação proporcionada ao aluno é voltada para o mercado de trabalho. Ambos são aceitos em concursos que exigem curso superior e graduação. Há editais que poderão exigir bacharelado ou licenciatura especificamente, ou vetar um ou outro.

Educação a distância
A educação a distância está prevista no artigo 80 da Lei de Diretrizes e Bases e foi regulamentada pelo decreto 5622/2005. Os diplomas e certificados de cursos e programas a distância, expedidos por instituições credenciadas e registrados na forma da lei, terão validade nacional.

Então, se o curso a distância for ministrado por instituição reconhecida pelo MEC, o diploma tem a mesma validade dos diplomas de cursos presenciais. É preciso apenas verificar se o curso é de graduação ou de formação sequencial. Ambos os diplomas serão de nível superior, mas somente o primeiro será aceito se o edital exigir graduação.

Fonte: G1

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Pesquisa: 69% das empresas já rejeitaram candidatos por causa das redes sociais

Mentir qualificações é o principal motivo para não-contratação. 47% dos recrutadores realizam pesquisas sobre o entrevistado nas redes.
Reprodução

De acordo com uma pesquisa realizada pela Reppler, uma consultoria especializada em gerenciamento de imagens nas mídias sociais, 69% dos recrutadores norte-americanos já rejeitaram um candidato devido a informações nos perfis de redes sociais como Facebook, LinkedIn e Twitter. A empresa entrevistou 300 profissionais de RH.

O estudo afirma que mentir sobre as qualificações é a principal razão pela qual os recrutadores desistiram de contratar o candidato, seguida de postagem de fotos e comentários inapropriados, como frases negativas a respeito do antigo chefe, por exemplo. A falta de habilidade em se comunicar nas redes sociais também faz parte do ranking.

O monitoramento do conteúdo compartilhado nas redes sociais deve ser constante, já que um bom perfil pode garantir uma contratação. Segundo a pesquisa, 68% dos ouvidos já contrataram um profissional devido à boa imagem passada em suas contas.

Outras razões que levaram os recrutadores a contratar após a análise dos perfis nas mídias sociais são: criatividade, boa comunicação, boas referências e prêmios recebidos pelo candidato, além das qualificações profissionais do currículo estarem inclusas em seus respectivos perfis.

A maioria dos recrutadores recorre às redes sociais no começo da seleção. 47% afirmaram que, após o recebimento do currículo, realizam uma pesquisa através dos links fornecidos pelos candidatos. O Facebook é utilizado por 73% dos entrevistados, enquanto 53% preferem o Twitter e 48% o LinkedIn.

Fonte: Olhar Digital

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Seção especial: Carreira - Parte II

Continuando...

Renata Dias

Dicas

Segundo pesquisa realizada pelo Grupo Catho, as características de personalidade mais desejadas pelos empregadores são: Espírito de equipe, Dinamismo, Iniciativa,
Boa comunicação e Eficácia.

Por outro lado, algumas características são vistas de forma muito negativa e quando identificadas em um candidato reduzem muito as suas chances de contratação: Preguiça, Falsidade, Descontrole emocional, Uso de palavrões e Grosseria.

Carla Fabiana, consultora do Grupo Catho, dá dicas de como o recém-formado deve buscar uma colocação no mercado de trabalho. Confira:


Identifique, com precisão, quais são as suas principais características pessoais (se gosta de trabalhar em grupo, se consegue lidar bem com mudanças ou se tem segurança para tomar decisões difíceis, por exemplo).


Não adianta candidatar-se a todos os programas de trainees aleatoriamente. Escolha empresas que procurem um profissional de perfil parecido com o seu e ofereçam um tipo de trabalho compatível com o que deseja.


Os empregadores valorizam os candidatos "focados", ou seja, aqueles que sabem o motivo pelo qual desejam trabalhar em suas empresas, pois eles estão procurando futuros gerentes e diretores. Você não pode demonstrar que tanto faz ir para a empresa "x" ou "y".


Os empregadores não estão interessados em habilidades técnicas, mas em candidatos com perfil compatível ao da companhia. Se você não foi selecionado por uma empresa não desanime, pois o critério de seleção pode ser diferente em outras companhias.


Seja o mais natural possível durante as entrevistas e dinâmicas de grupo. Não adianta fingir ter as características que a empresa busca (ou que o você pensa que ela busca).


Não basta ler o jornal somente na véspera da prova. Para absorver o que se passa no mundo, é preciso ter o hábito de acompanhar os noticiários regularmente. Aprofunde-se naquilo que você tem maior interesse.


A empresa produtiva e competitiva enxerga os estagiários e recém-formados como se fossem “a menina de seus olhos”. O investimento em treinamentos nesses perfis de empregados é hoje uma das armas das companhias para formar profissionais que futuramente irão exercer postos de liderança. Se você conseguir gerar entrevistas e estiver preparado para enfrentar o processo seletivo, as chances de conquistar uma boa oportunidade serão maiores. O início de toda carreira é difícil e depois do vestibular este é o primeiro grande desafio que um profissional de sucesso terá que enfrentar. Portanto, estar bem preparado é fundamental.


Fonte: TERMINEI A GRADUAÇÃO. E AGORA? – Especial - Jornal Carreira e Sucesso
Catho Online

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Seção Especial: Carreira - Parte I


Renata Dias

Colação de grau, festa de formatura e muitas congratulações. Você se formou na universidade. Mais uma fase está encerrada em sua vida. A partir de agora, a sua trajetória profissional será encarada de forma diferente. Você não está mais no mercado para aprender. Você será cobrado por seus superiores e, se quiser manter seu emprego, terá que trazer resultados positivos para a empresa. Você está preparado para enfrentar estas mudanças? A universidade te deu uma boa base para iniciar a carreira? Normalmente, a universidade abre a mente, nos faz refletir mais e melhor, além de nos dar alicerces técnicos que são de extrema valia em nossa vida profissional.

Entretanto, não é apenas o diploma universitário que determina o sucesso profissional do recém-formado. Com o crescente número de jovens formados a cada ano, a conquista do primeiro emprego tornou-se difícil. Para conseguir uma oportunidade, é preciso estar bem preparado para vencer a concorrência. Segundo a consultora Carla Fabiana, do Grupo Catho, é imprescindível conhecimentos em um segundo idioma, preferencialmente o inglês, e domínio em informática. Ter cursado uma universidade de renome ou ter realizado cursos no exterior também ajuda muito. “Outras características têm sido muito valorizadas como, por exemplo, o perfil pessoal. As empresas buscam profissionais dinâmicos, com jogo de cintura suficiente para adaptar-se a diversas situações, que saibam pesquisar e trabalhar em grupo”, disse.

De acordo com o recém-formado Felipe Mancini, graduado em Ciência da Computação, hoje em dia ter um diploma universitário não é suficiente. “A companhia onde trabalho exige fluência nas línguas inglesa e espanhola, além de certificações e experiências na área de desenvolvimento e suporte”. A mesma visão é compartilhada pela recém-formada Larissa Redondo, graduada em Rádio e TV: “atualmente existem muitas faculdades, e fazer uma delas já não é um diferencial. Por isso, logo que terminei o curso universitário, optei pelo início da pós-graduação. A minha intenção é ter mais perspectivas de crescimento profissional”.

Fazer uma pós-graduação logo após o término do curso de graduação nem sempre é o melhor caminho, segundo a consultora Carla Fabiana. “Antes de tomar essa decisão, é preciso definir em qual área você quer se especializar. E logo depois que você termina a faculdade, normalmente você passa por uma fase de definições em sua carreira profissional. É comum querer mudar de área nos dois primeiros anos de experiência”. Ainda menos aconselhável é fazer os cursos de MBA nesta fase: “para aproveitar tudo que um curso deste pode oferecer, é preciso maturidade profissional e alguma experiência gerencial. Jamais faça um curso de MBA sem ter pelo menos dois de formado”, aconselha. A consultora também alerta para o cuidado em escolher uma instituição de qualidade: “se você não conseguiu se graduar em escolas de primeira linha, compense esta deficiência mercadológica com uma pós-graduação em instituições renomadas, que tenham prestígio no mercado”.

Além das exigências feitas pelo mercado, o recém-formado enfrenta algumas dificuldades. Débora Côrrea, que finalizou o curso de jornalismo no ano passado, pontua as principais barreiras no início de carreira. “Na empresa onde trabalho, as pessoas ainda me enxergam como uma estagiária. É difícil para eles entenderem que eu me formei e que agora sou uma profissional. Uma outra barreira é que o mercado dificilmente quer contratar um recém-formado. As companhias preferem o estagiário para treinar ou alguém com bastante experiência para que possa assumir mais responsabilidades”. Diferente de Débora, o publicitário Luiz Gustavo afirma que não está enfrentando grandes dificuldades no início de carreira. “A chave é começar cedo para adquirir experiência. Trabalho na área desde que entrei na faculdade”.

O recém-formado da área de saúde é o que enfrenta mais dificuldades, segundo a consultora Carla Fabiana. Além de receber salários baixos, o profissional já deve ter uma especialização logo que se forma. Michele Choukmaev, fisioterapeuta, faz especialização e trabalha no Instituto do Coração (Incor). “Eu acredito que a prática é mais importante que a formação acadêmica, ainda mais na minha área. O estágio é fundamental para se preparar para o mercado de trabalho”.

Para a consultora Carla Fabiana, a falta de experiência é a maior dificuldade para conseguir um bom emprego depois de formado. “É uma preocupação relevante, no entanto é preciso lembrar que esta dificuldade foi também enfrentada pela maioria dos profissionais que hoje ocupa uma posição de destaque. Portanto, há portas de entrada no mercado de trabalho. A questão é encontrá-las e abri-las”. Algumas universidades oferecem cursos em carga horária que dificulta a realização de estágios durante a graduação ou então o estudante precisa trabalhar para pagar a universidade e o valor da bolsa-auxílio oferecida nos estágios não é suficiente. Nestas condições, é comum que o estudante termine o curso sem possuir uma experiência prática na área estudada, o que acaba dificultando a sua entrada no mercado. “O estágio é imprescindível na vida do estudante, pois é dessa forma que ele irá adquirir experiência e novos conhecimentos”, disse a consultora.

Entretanto, segundo Carla Fabiana, existem alternativas que propiciam uma vivência profissional para o estudante que não possui experiência e que está com dificuldades de fazer o estágio. “A própria universidade propicia uma série de atividades que é muito valorizada pelo mercado. Participação em empresa júnior, por exemplo, é utilizada como critério de seleção em algumas empresas. Outras atividades como apresentação de trabalho em congressos, iniciação científica, realização de trabalhos comunitários, participação em grêmio estudantil ou centro acadêmico também são valorizadas”. De acordo com a consultora, essas atividades fazem com que as empresas possam identificar a capacidade de liderança, facilidade de relacionamento em equipe, criatividade, entre outras características desejadas. “Essas habilidades são muito valorizadas pelas empresas nos processos seletivos”, afirma.

Há casos em que o recém-formado, por não conseguir um emprego em sua área, acaba atuando em uma completamente diferente da sua graduação. O que fazer neste caso? É preferível ficar desempregado a aceitar uma oportunidade que não seja da sua especialidade? Carla Fabiana responde: “Ficar muito tempo afastado do mercado de trabalho após a formação é muito ruim. Neste caso, vale a pena aceitar uma proposta para atuar em outra área e continuar buscando novas oportunidades”.

Essa excelente matéria tem continuidade... Aguarde.

Fonte: Jornal Carreira e Sucesso - Catho Online

Terminei a graduação. E agora?