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sexta-feira, 27 de abril de 2012

O Gerúndio

Por Gabriel Colle
Na escola, durante as aulas de língua portuguesa aprendemos sobre o uso do gerúndio e o que ele significa. No entanto, ele tem tomado conta de nosso dia-a-dia empresarial e provocado muitos problemas.
Quando pensamos que um assunto está resolvido, é comum ouvirmos as tradicionais respostas: “Estarei verificando”, “estarei encaminhando". Expressões do mundo corporativo que não nos dão garantia nenhuma de que o problema será resolvido. As coisas vão sendo proteladas e não se resolvem, fazendo com que a sensação de improdutividade tome conta das nossas empresas.
Comece a observar os termos que você mais utiliza ao responder um questionamento de um cliente ou de seu chefe. Certamente encontrará algum gerúndio na sua fala. É hora de encarar de frente os fatos, ser objetivo nas respostas e colocar prazo nas coisas. Substitua o “estou verificando” pelo “não fiz, mas entregarei até amanhã ao meio-dia”. Deixe claro, sem medo de ser feliz. Seja diferente no mundo dos semelhantes e terá sucesso sempre!
Pense nisso!

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Veja dez dicas para se ambientar nos primeiros dias de trabalho

Marta Cavallini
Quem começa em um novo emprego precisa ser cauteloso com a postura adotada e saber ouvir e observar. As recomendações são dos especialistas Irene Azevedo, diretora de negócios da consultoria LHH/DBM, do coach Roberto Recinella e Fernando Montero da Costa, diretor de operações da consultoria de RH Human Brasil.
Erros pegam mal para quem é novo na empresa; veja como evitá-los:
1) Escute, observe e aprenda
Escute mais que fale, observe atentamente quem faz parceria com quem e em que ambiente você está inserido, procure conhecer seus pares e estabeleça relacionamento.
Na condição de novato, mesmo com bastante experiência profissional, você terá muito mais a aprender em relação aos aspectos gerais da cultura da empresa e de seu funcionamento do que a ensinar.
Crie um sistema próprio para lembrar os nomes das pessoas que for conhecendo e suas funções.
Conquiste o direito de avançar e falar aprenda as regras, observando como as pessoas se comunicam e realizam as suas funções. Respeite esse código antes de querer mudá-lo ou enfrentá-lo.
2) Fuja de fofocas e panelinhas
Fuja de fofocas e rótulos. Nos primeiros dias as pessoas tentarão “fazer a sua cabeça” através de histórias e fofocas sobre fulano ou beltrano, por isso, se mantenha no âmbito das conversas casuais e de trabalho. Também evite julgar e “rotular” as pessoas ao seu redor antes de realmente conhecê-las, é comum simpatizarmos com uns mais do que com outros.
Aja com integridade: procure adotar uma postura ética desde o princípio, não discriminando ninguém e não aderindo às famosas panelinhas internas, especialmente aquelas que falam mal da empresa e de suas chefias.
3) Não 'puxe o saco'
Não seja 'puxa-saco', evite tentar fazer alianças estratégicas chamando colegas que julgue importantes ou chefes e chefes dos chefes para almoçar. Nos primeiros dias ande com uma “tribo”, almoce onde eles almoçarem e aproveite para conhecer os seus colegas. Almoçar sozinho não é recomendado, pois passa um ar de arrogância e prepotência, não almoçar e ficar trabalhando é pior ainda. Respeite as hierarquias da empresa, que costuma ser sempre bem apreciado. Caso o seu chefe lhe convide para almoçar, então vá.
4) Atenção à linguagem verbal e do corpo
Cuidado com o seu linguajar, controle as gírias e, principalmente, os palavrões. Não mantenha conversas desnecessárias com os colegas, busque as informações de que necessita, mas não deixe isso se tornar um bate papo. Nada de piadinhas e tapinhas nas costas, seja sério, mas não deixe de sorrir.
5) Não faça comparações
Não compare sua empresa atual com a antiga, pode parecer difícil, então faça isso só dentro da sua cabeça, evite dizer que o ar-condicionado era melhor, a cadeira era mais confortável ou o teclado era ergonômico. Adapte-se à nova realidade, senão, alguém acabará lhe fazendo a perturbadora pergunta: “Então por que você saiu de lá se era melhor?”.
6) Seja humilde
Seja simpático e humilde, não interessa o cargo que irá ocupar, cumprimente todo mundo e aproveite para ouvir as pessoas, afinal, elas estão na empresa a mais tempo que você, esteja aberto para conversar e a contar a sua história, aproveitando para se reinventar e mudar.
Evite ser arrogante. Não caia na armadilha de acreditar que será bem sucedido na nova função fazendo apenas aquilo que fazia bem anteriormente. Aprenda com seus erros anteriores e recrie suas habilidades e talentos e evolua como profissional.
7) Atenção ao horário
Seja rígido com você mesmo, chegue na hora ou até um pouco antes.
8) Cuidado com a roupa
Vista-se de modo tradicional, semelhante à do processo seletivo. Com o tempo você percebe qual a forma de se vestir na empresa.
9) Cautela na aproximação de colegas
Comece a se relacionar primeiro com quem esteja ligado às suas atividades e, depois, na medida em que for sendo requisitado por motivos profissionais, expanda suas relações na empresa.
Não force a barra, conquiste as pessoas aos poucos. Todos nós nos sentimos como um alienígena nos primeiros dias de trabalho, mas lembre-se que outros dias virão você não precisa fazer tudo nos primeiros dias, isso vale principalmente para as pessoas ao seu redor, cada uma delas tem um ritmo e nem sempre são solidárias com a sua situação, respeite os espaços de cada um. Um novo emprego implica em novas regras e novos relacionamentos evite saltar etapas, segure a sua ansiedade.
Seja você mesmo, relaxe e evite exageros em sua apresentação e interação com os novos colegas e chefes. Evite tentar impressioná-lo com suas histórias de sucesso, aproveite para ouvir e aprender em vez de querer ser o centro das atenções ou mesmo se comprometer em realizar tarefas para as quais ainda não está preparado.
10) Feedback é importante
Faça um acordo de expectativas com seu chefe (o que ele espera de você e quais as ofertas dele para você). Você também deverá dizer quais as suas expectativas e as suas ofertas. Faço o mesmo com cada membro de sua equipe.
Dê e busque obter feedback do seu desempenho: talvez uma das mais importantes hoje em dia, se você quiser de fato desenvolver-se na nova organização em que começou a atuar. Essa cultura do feedback é apreciada pelas chefias e tem sido cada dia mais utilizada pelos empregados como um instrumento de medição do seu próprio desenvolvimento profissional na empresa.
Fonte: G1

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Técnica de seleção avalia candidatos virtualmente

Patrícia Basílio

Sandra Hartog, criadora do sistema E-valuation.

Já imaginou participar de uma seleção de trabalho pela internet? Essa possibilidade, antes remota, pode se tornar realidade em breve no Brasil e substituir as antigas dinâmicas em grupo consideradas chatas por grande parte dos profissionais.
Como uma tentativa, a consultoria de recursos humanos Staut RH trouxe ao país este ano o sistema E-valuation, que promete avaliar o perfil dos candidatos por meio de cases interativos oferecidos pela internet ou pelo telefone. A ideia foi desenvolvida no exterior há dez anos pela norte-americana Sandra Hartog. Curioso?

Veja trechos da entrevista com a consultora de recursos humanos abaixo:
Como funciona o E-valuation?
Ele é composto por casos de negócios, em que os profissionais participam interativamente de situações rotineiras do ambiente de trabalho como se estivessem em cargos de liderança. No sistema, os candidatos mandam e-mail, trabalham em projetos de negócios, participam de reuniões, entre outras atividades. Enquanto isso, psicólogos observam todas as reações do participante e levantam seus pontos fortes e fracos.
Quais são as vantagens da ferramenta?
Ela possibilita que você encontre o talento com maior potencial para uma empresa. Ao identificar os pontos altos e baixos dos profissionais, o sistema também pode ser utilizado para "coaching" e para reduzir a rotatividade das empresas. Há um cliente nosso que implantou o sistema por alguns anos e reduziu o "turnover" em 65%.
Como você desenvolveu esse sistema?
A ideia surgiu a partir da demanda de um cliente há dez anos. A empresa precisava de um sistema para 100 funcionários, mas depois ampliou a demanda para 1.000 trabalhadores. Tive que encontrar uma maneira de tornar o sistema mais acessível para todas essas pessoas. A ideia de um sistema virtual ganhou espaço por ser flexível e fácil de controlar.
Qual o enredo personificado no programa?
Representamos o dia a dia de trabalho. Desde coisas positivas que ocorrem rotineiramente, até desafios que os profissionais devem superar. Há uma lista de habilidades que precisamos avaliar nos candidatos, e elas são evidenciadas diante dessas situações. É como se observássemos a reação dos profissionais durante um mês de trabalho, só que em um curto período de tempo.
Quais são as habilidades avaliadas pelos psicólogos?
Depende do que o cliente pede. Geralmente é a facilidade para trabalhar sob pressão e em equipe, senso de prioridade, performance em liderança, capacidade de dar feedback.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Estamos preparados para um feed-back do recrutador?

Estou em busca de recolocação pois não estou feliz com meu trabalho atual. Porém para os diversos anúncios a que respondo não recebo nenhum retorno, nenhum posicionamento. Não sei nem ao menos se meu currículo foi recebido. Por que isto acontece?

A internauta tem toda a razão. Diversos anúncios em sites de emprego ou mesmo em redes sociais para onde mandamos nosso currículo, em resposta a anúncios de emprego, não nos dão qualquer retorno. O máximo que acontece é recebermos uma resposta automática do servidor de e-mails nos informando que o arquivo foi recebido, e só.

Analisando pelo lado do candidato acho que este falta de retorno é no mínimo falta de educação, para não dizer falta de respeito. Talvez o excesso de currículos, talvez o excesso de afazeres levem a esta tão generalizada prática.

Todavia um entrevistador que dá retorno a um candidato que envia o seu currículo, humaniza a relação, reconhece o ser humano por trás daquele histórico profissional e se possível, ainda aponta as chances de sucesso, ou insucesso, daquele candidato para a vaga. Se bem conduzido, um simples retorno a um candidato pode ser muito pedagógico em relação a como o seu perfil anda em relação às necessidades do mercado.

Analisando pelo lado do recrutador, confesso que me pego muitas vezes aborrecido com a quantidade de currículos absolutamente sem o perfil exigido para determinada vaga. Este tipo de ocorrência é tão frequente que diversos sites de empregos criaram perguntas eliminatórias para quem pretende encaminhar um currículo para uma vaga: Você tem inglês fluente? Sim ou não? Você tem experiência em determinada atividade? Sim ou não.

Neste instante muitos podem estar pensando, puxa, mas como conseguir experiência se não me dão uma chance? A resposta é simples. Começando pelo começo, de baixo, pelo nível de entrada, como a maioria de nós.

Recentemente anunciei uma vaga que exigia experiência de 4 anos em determinado segmento de mercado. Em respeito aos possíveis interessados e buscando humanizar a relação, publiquei o meu e-mail para receber diretamente os currículos. Para cada currículo que recebia, fazia uma avaliação cuidadosa e, ou chamava o candidato para uma entrevista, ou informava que a experiência apresentada não estava em linha com o que era solicitado. Para minha surpresa, cerca de 30% dos candidatos que não tinham experiência para quem respondi retornaram ao e-mail em tom  indignado por não terem ao menos uma chance de apresentarem pessoalmente o seu potencial.

Neste momento é importante lembrar que o mercado é implacável e imediatista: na maioria dos casos, não existe tempo para lapidar diamantes brutos: o candidato já tem que assumir a vaga em condições de produzir.
De qualquer forma acho que todos os currículos devem ser respondidos pelos recrutadores.

E aqui fica uma alerta aos candidatos: por mais potencial que se tenha, não é recomendável contestar o retorno ou a avaliação preliminar de um recrutador. Além de não resolver a questão, pode criar um conflito desnecessário que apenas afasta ainda mais o candidato daquela empresa.
Fonte: Roberto Caldeira – Blog Seu Próximo Emprego

terça-feira, 10 de abril de 2012

7 fatos sobre o mundo corporativo que não ensinam na faculdade

A faculdade representa uma importante transição do jovem para a vida profissional e adulta. Durante alguns anos os universitários recebem ferramentas e uma visão profissional que servirão de subsídios para que contribuam de maneira concreta com os rumos de uma empresa.

Porém uma parte daquele mundo dos procedimentos corretos, dos planejamentos bem feitos, das estratégias e teorias bem alinhadas e descritas nos livros, fica na memória dos bons tempos dos bancos acadêmicos.

O mundo corporativo real guarda algumas surpresas que todo recém-formado descobre, mais cedo ou mais tarde, e com as quais precisa lidar:

1- Chefes não são chefes apenas por que são perfeitos para o cargo. Muitos fatores colocam alguém em um cargo de direção, além de competência: política interna, amizades, parentesco, recomendação ou simplesmente ausência de um candidato melhor para uma vaga que tinha que ser preenchida.

2- Existe uma grande diferença entre colegas de faculdade e colegas de trabalho. Colegas de faculdade estão todos no mesmo barco para o que der e vier. A maior polêmica que pode haver entre eles é sobre quem fará o que no trabalho em grupo. Já colegas de trabalho competem por atenção, recursos e espaço para crescimento.

3- Na faculdade existe horário para entrar e horário para sair. Na empresa, existe apenas horário para entrar.

4- Na faculdade os grandes cases de sucesso da literatura empresarial sempre fluem para um desfecho lógico, claro, rápido e empolgante. No mundo real, descobrimos que para conduzir o trabalho temos que lidar com fornecedores desinteressados e careiros, precisamos obter o consenso das equipes e colegas sobre a estratégia a ser seguida, temos que convencer os acionistas de que o custo benefício de cada projeto é vantajoso, e tudo isto, enquanto trabalhamos pelo aumento das vendas e da satisfação dos clientes.

5- No mundo real, nível salarial não corresponde a nível de competência, tanto no caso do jovem supercompetente que ganha menos do que merece, quanto no caso do gerente com anos de casa que ganha muito mais do que deveria, e é gerente exatamente baseado em uma das razões mencionadas no item 1 acima.

6- A vida profissional é um eterno caminhar por uma estrada que se afunila permanentemente, oferecendo cada vez menos espaço para a multidão que se acotovela para seguir em frente. Começa com o funil do vestibular, passa pelos cortes do processo de seleção de emprego e culmina com o funil das promoções dentro da pirâmide hierárquica das empresas, onde apenas 5% dos profissionais que iniciam em cargos de entrada chegam à diretoria.

7- Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço. Esta é uma máxima que muitos chefes que não servem de exemplo seguem no dia a dia. Descarregam uma série de regras sobre a equipe, regras estas que eles mesmos não seguem.

Se você está prestes a adentrar este mundo de descobrimentos, não se assuste.
Existem diversas surpresas e descobertas muito boas nas empresas e nas carreiras. Mas estas eu vou deixar você descobrir por conta própria.

Porém deixo uma dica: a quantidade de surpresas boas em nossa carreira é diretamente proporcional à nossa dedicação, preparação acadêmica e perseverança!

Fonte: Roberto Caldeira – Blog Seu Próximo Emprego