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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

O que é experiência profissional afinal?

Por Fabíola Lago, community manager do Monster Brasil.
Não basta dizer quanto tempo você passou em cada função, é preciso descrever o que fez e o que aprendeu.
Ora, quem não sabe o que é experiência profissional? Você poderia me questionar. Mas vou te contar um segredo: a maioria das pessoas não sabe descrever sua experiência profissional no currículo, o que muitas vezes é um prejuízo imenso para uma possibilidade de emprego. Existe uma grande confusão entre o tempo que ficou em cada empresa, o cargo e o que realmente fez.
Então vamos fazer como Aristóteles: começar do início! O que é uma experiência? Entendamos a origem dessa palavra, a sua etimologia: “experiência” vem do Latim “experientia”, o conhecimento obtido através de tentativas repetidas, de “experiri”, “testar”, formado por EX-, “fora”, mais “peritus”, “testado, com conhecimento”. Sacou?
Significa que em um currículo, dentro do desafio de não ultrapassar duas páginas, você tenha que escrever o que experienciou, viveu, foi desafiado, aprendeu e fez a diferença em sua carga de conhecimento em determinada área.
Logo, não basta o tempo cronológico, por exemplo: Analista de sistema na empresa Misto Quente de 2009 a 2011. Sim, seu tempo de casa vai indicar que você conhece bem a rotina desse trabalho, mas o que você fez nesses dois anos, de diferencial, é que mostrará, de fato, sua experiência nessa expertise.
Quando fazemos nossa Oficina de Currículos, sempre enfatizamos a importância do bloco de “Principais Realizações”. É lá que você vai destacar, em primeira pessoa, o que você experienciou. Onde você superou desafios, criou soluções inovadoras, participou de projetos que fizeram diferença.
Se você coordenou equipes ou projetos, mas seu cargo não era de coordenador, não tem a menor importância. O que importa para quem está analisando seu currículo é o que você é capaz de fazer, dentro de suas atribuições e especialmente, aquelas em que você foi além.
Sempre que atendo algum jovem ou até pessoas mais experientes para fazer o currículo, converso muito, quero saber tudo o que ela já fez. Ouço sem pressa, vou só especulando. Aí gosto de olhar em seus olhos e dizer, “mas me conta, onde é que você arrasou?”. Sempre rola um sorrisão e a pessoa me conta algo incrível que já fez. E que não colocou nem a sombra dessa experiência no currículo. “Coloca, uai”, costumo brincar.
Fazer um bom currículo exige esse desprendimento de si mesmo, deixar a timidez de lado para julgar seus próprios feitos. Não, não é fácil. E tem que redigir bem para sintetizar em cinco ou seis linhas esses grandes feitos.
Em geral, noto que somos muito modestos que o que fazemos. E, vejam bem, não se trata de fazer autoelogios, mas relatar, descrever, o que é capaz de fazer e mostrar essa experiência.
Nesse processo, de contar sua própria trajetória profissional, também observo que muitas vezes as pessoas só precisam de um empurrãozinho na autoestima. Não percebemos no dia-a-dia quantas dificuldades somos capazes de superar, quantas metas alcançamos e vamos deixando esses verdadeiros ganhos para trás na hora de nos apresentarmos nesse documento tão importante que é o currículo.
Embora atualizar o currículo? Mas faça desse momento um exercício carinhoso consigo mesmo. Vai descrevendo as coisas bacanas que você já fez seus sentimentos, sensações, o que te faz feliz. Tenho certeza que seu currículo será muito mais sedutor. E que certamente quem o contratar vai dar asas para esse talento todo que é só seu!

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

7 frases proibidas na entrevista de emprego

Talita Abrantes

De erros de português até frases que mostram prepotência, confira quais as sentenças que devem ser limadas da entrevista.

Na entrevista, ser autêntico é tudo. Mas, cuidado, para não cair em alguns erros que só a espontaneidade pode trazer.

Na hora da entrevista de emprego, as perguntas feitas pelo recrutador até podem ser clássicas, mas as respostas dadas pelo candidato não. Fugir do senso comum e ser autêntico, de fato, é a chave para conseguir se destacar nesta etapa do processo de seleção.

Na meta de mostrar quem se é de verdade, há quem perca o bom senso e descambe para assuntos, frases e posturas inadmissíveis quando o que está em jogo é sua carreira.  Confira quais sãos as frases (e consequentemente, respostas e atitudes) proibidas durante a entrevista de emprego:

“A nível de .... Vou estar enviando ....”

É comum que, em momentos de extremo nervosismo, alguns escorregões no português aconteçam. Mas isso, jamais, deve ser a regra. Segundo especialistas, todo candidato precisa ter atenção redobrada na hora de conjugar verbos ou, simplesmente, pronunciar algumas palavras.

Com isso, fique atento para não rechear seu discurso com gerundismos, concordâncias verbais ilógicas e vícios de linguagem. “Tudo isso torna a comunicação do candidato muito feia”, afirma Othamar Gama Filho, sócio da Recruiters.

“Meu ex-chefe era muito controlador ...”

... (ou mal amado ou chato ou incompetente) ou qualquer outro adjetivo negativo para quem dominava a batuta na sua antiga empresa. Falar mal do chefe ou da antiga empresa é, de longe, um dos piores erros em uma entrevista de emprego.

No mínimo, pode demonstrar que você não soube fazer boas escolhas de carreira e, no pior dos cenários, mostrar que você não sabe assumir suas próprias responsabilidades, segundo Gama Filho.

“Sempre foque em como desempenhou sua função e nas coisas que agregaram à sua carreira”, afirma Fabiane Cardoso, coordenadora Nacional de Qualidade da Adecco Brasil.

A dica é: se o descontentamento com o chefe e emprego anterior estiver latente, mantenha se calado. “Se você não tem nada de bom para falar, melhor não falar nada”, diz Gama Filho.

“Em cinco anos, quero estar no seu cargo”

Uma pitada de ambição sempre conta pontos a favor do candidato. Mas um tom de agressividade, de interesse para além da conta e até de vocação para “puxar tapetes alheios” assustam. E muito. “Cinco anos é um prazo muito pequeno. No mínimo, pode mostrar que você não tem paciência”, afirma Gama Filho.

 “Aqui é uma boa empresa para começar minha carreira”

Atenção extra para não demonstrar que você enxerga aquela oportunidade como um mero trampolim profissional. “Você não sabe o futuro. Talvez você comece a crescer na empresa”, diz Gama Filho.
“Você não pode pensar que a empresa vai apenas de dar um bom nome no currículo para abrir portas em outra companhia”. Não pode pensar, muito menos argumentar isso na entrevista.

“O faturamento da minha atual empresa é de 50 trilhões de dólares por mês”

Quando questionado sobre valores de mercado e estatísticas, cuidado para não inventar. Mentir sempre pega mal em uma entrevista de emprego. Chutar alto ou baixo demais pode mostrar falta de noção do contexto de mercado que sua carreira está inserido. Dica? Na dúvida, admita que não tem ideia dos números exato.

“Eu preferia outra vaga, mas como me chamaram para esta, decidi tentar, né?”

Demonstrar interesse é essencial. Desdenhar da oportunidade, no entanto, é erro para recrutador nenhum botar defeito. Por isso, é fundamental mostrar foco na hora da entrevista.

Se você quer muito outra área, não tem porque ir a uma entrevista de um setor que não quer. “O que você não pode é participar de uma entrevista em determinada área e falar que quer mudar depois”, diz Fabiane.

“Vocês emendam feriados?”

A nova geração de entrevistas de emprego abre espaço para que o candidato também faça perguntas e entenda mais da oportunidade em questão. Agora, cuidado para não bancar o inquisidor e colocar o recrutador contra a parede.

“Não é o momento para discutir políticas internas. Questões ligadas à legislação e negociação salarial deve ficar para um segundo momento”, afirma Fabiane.
Fonte: Exame.com

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Entrevista em inglês: do not panic!

Rachel Sciré

Para se sair bem nesta etapa, é recomendável treinar o uso do idioma antes de ficar cara a cara com o recrutador
Mesmo quem é fluente em inglês sente um calafrio ao saber que o processo seletivo inclui uma avaliação de inglês presencial. A boa notícia é que dá para passar por essa fase sem muito aperto, apenas com um pouco de empenho. “A etapa da entrevista em inglês é a que permite maior preparo prévio do candidato e isso pode fazer a diferença no processo seletivo”, afirma Maria Luiza Toledo, consultora da DM Especialistas.
Segundo ela, a avaliação oral, em geral, acontece porque o inglês é a língua falada dentro da empresa que está recrutando. O funcionário precisará ter segurança no idioma para conseguir realizar seu trabalho no dia a dia. “O teste funciona como uma checagem do nível de inglês que o candidato declarou na ficha de inscrição”, diz.
Além do uso correto da gramática e de um vocabulário extenso, os recrutadores avaliarão o quanto a pessoa se sente confortável com o idioma e se ela consegue se comunicar com clareza. “Além de ter o conhecimento e o nível desejado, para se sair bem é importante não ficar nervoso”, destaca Maria Luiza.
Na entrevista em inglês para programas de estágio ou trainee, são feitas perguntas que dizem respeito à vida pessoal do candidato e às atividades corriqueiras que ele realiza. Para profissionais com mais experiência, pede-se que falem da carreira e das outras vivências profissionais.
Em ambos os casos, a questão que não pode faltar é: “Por que você tem interesse nessa oportunidade?”. É aqui que entra a preparação! “É interessante pensar antes nas respostas, saber qual o conteúdo vai apresentar para o recrutador”, ensina a consultora.
Treino e mais treino – Tanto é possível se preparar para a entrevista em inglês que a Outliers, escola de idiomas, criou o “Coaching de Inglês para Entrevistas”. A atividade é individual e customizada: o candidato envia o currículo e as informações relevantes da vaga, como as responsabilidades do cargo e as características da empresa, e os coaches se colocam no lugar do empregador para montar uma série de assuntos que poderão ser abordados na entrevista.
Com a supervisão dos coaches, os participantes têm a chance de treinar as respostas, adequar o vocabulário com termos usados na área pretendida e até preparar apresentações em inglês para as etapas de cases de negócios. De acordo com a coach Ho Mien Mien, a maioria dos profissionais que procura a Outliers já passou vexame em outras entrevistas. “Muita gente superestima a capacidade de falar inglês, mas na hora trava. Para evitar deslizes, a prática é a melhor opção”, diz.
O coaching inclui dois encontros, de uma hora e meia cada, com custo de R$ 225. É preciso ter, no mínimo, inglês intermediário, pois o coach irá focar no uso do idioma somente para o momento da entrevista.
Mas não pense que basta decorar as respostas em inglês antes da entrevista. A consultora da DM Especialistas garante que é possível perceber quando a fala do candidato é ensaiada, porque qualquer questionamento gera desconforto. “Nós exploramos as situações que o candidato apresenta, não tem como ele se antecipar”, diz.
Para ficar mais tranquilo, no entanto, Maria Luiza recomenda que o candidato “acostume o ouvido” antes da entrevista, assistindo filmes, séries ou escutando músicas no idioma. “O desconforto maior acontece entre os que não estão familiarizados com o inglês. Quem já vem aquecido, entra mais fácil no ambiente e consegue relaxar para responder às perguntas”, conta.