Busca

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Cursos de férias pode ser uma boa chance para aprender novo idioma


Vitor Tavares Do G1 PE

Janeiro, para muita gente, é o mês das férias, do tempo livre. Isso serve tanto para estudantes, com o recesso das aulas, como para trabalhadores, que muitas vezes elegem o mês para descansar ou viajar. Mas o primeiro mês do ano também pode ser uma ótima oportunidade para quem quer investir em estudo, conhecendo ou se aperfeiçoando em outro idioma. No Recife, diversos cursos de férias são oferecidos por escolas de idiomas para iniciantes ou para pessoas que já tenham conhecimento em línguas estrangeiras.

A fisioterapeuta Maíra Florentino é uma dessas pessoas que escolheram um mês de férias para fazer o curso. Ela, que tem 29 anos, decidiu, aos 13, deixar de lado o inglês da escola regular para seguir o caminho do espanhol. Porém, com pretensões de fazer um doutorado em sua área, acabou percebendo a necessidade de voltar a aprender a língua do Reino Unido. Em julho passado, Maíra reservou duas horas e meia, durante quatro dias da semana, para sair da Cidade Universitária, onde mora, e ir para um curso de inglês no bairro da Madalena. Ela diz que não se arrependeu. “Você vivencia o inglês todos os dias. Não tem tempo para esquecer e acaba se aperfeiçoando. Como o intensivo é rápido, consegui agregar melhor. Você está ouvindo todos os dias, falando todos os dias, pronunciando todos os dias”, afirmou.

Maíra, que não gostava da língua inglesa, hoje continua no curso regular do idioma, com aulas duas vezes por semana, e já tem pretensões de viajar para o Canadá para se aperfeiçoar. Para janeiro próximo, outro curso de férias já está nos seus planos. “Quando você tem aulas diariamente, se força a estudar. Como são seis meses condensados no espaço de um mês, os assuntos vão ser dados rapidamente e você tem que pegar, porque no outro dia já vai ser outro. Mesmo que não tenha tempo em casa para estudar, quando o professor der o novo assunto você consegue se lembrar do que foi dado antes”, opinou.

Apesar de achar cansativo, por sempre ter coisas a fazer mesmo em meses de férias, a fisioterapeuta gosta de frequentar as aulas hoje em dia. E ela credita isso ao fato de ter evoluído bastante. “Para quem tinha um inglês básico, hoje eu já consigo elaborar frases e, sobretudo, compreender o que as pessoas estão falando. A questão da escrita é mais complicada, pois precisa de mais treinamento”, reforça. Maíra pretender terminar o curso de inglês em 2013 e iniciar as aulas de francês em breve.

Os cursos de férias na capital pernambucana duram boa parte do mês de janeiro e oferecem aulas pelo menos quatro vezes na semana. Na unidade do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) localizada no bairro de Santo Amaro, por exemplo, os interessados em viajar para o exterior podem aprender espanhol, francês e inglês focados para o turismo. O Senac ainda oferece curso sobre a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Particulares, a Aliança Francesa e o Britanic oferecem aulas nos períodos da manhã, tarde ou noite. A escola Yázigi ainda tem programação para crianças de até 12 anos e cursos focados em conversação.

Confira a programação de cursos de férias em algumas escolas do Grande Recife:
Britanic (Unidades em Boa Viagem, Aflitos, Madalena, Piedade e Setúbal)
De 3 a 26 de janeiro
Aulas de segunda a quinta (2 horas e meia por dia, manhã, tarde ou noite)
Iniciante até avançado (Inglês e espanhol)
Informações: 3228-1250

Aliança Francesa (Unidades em Boa Viagem e no Derby)
De 2 a 26 de janeiro
Aulas de segunda a sexta (3 horas por dia, manhã, tarde ou noite)
Iniciante até avançado (francês)
Informações: 3202-6262

Senac (Unidade Santo Amaro)
De 4 a 20 de janeiro
Aulas de segunda a sexta (3 horas por dia, manhã, tarde ou noite)
Inglês para turismo, espanhol e francês para viagem ou Libras
Informações: 3413.6694

Yázigi (Unidades em Boa Viagem, Casa Forte, Olinda e Aflitos)
De 9 a 31 de janeiro
Iniciantes (Inglês, francês e espanhol), crianças (inglês), conversação para iniciantes até avançado (Inglês)
Informações: 3301-4222 / 3301-6324

Fonte: G1 PE

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Como aprender (de fato) um idioma na internet

O cardápio de cursos de línguas na rede é amplo e variado. Há desde blogs com acesso franco e redes sociais que cobram taxas até sites de escolas conhecidas. Antes de fazer sua escolha, é preciso checar itens essenciais:

Mediador
Ter alguém para corrigir exercícios e apontar erros de pronúncia faz toda a diferença. Nem todos os sites, especialmente os gratuitos, oferecem essa alternativa. Fuja dos cursos sem mediador e, se puder, escolha os que têm professores graduados e fluentes.
 
Material didático
A grande vantagem do ensino na rede é a interatividade. Por isso, quanto mais variados o conteúdo e o formato, maiores o envolvimento e atenção do aluno. Nos melhores cursos, há conversas por canais como o Skype, exercícios combinados a vídeos e jogos.


 
Método
No ambiente virtual, o foco é a conversação, e não a gramática. Mas os vídeos e áudios não podem saturar o aluno. O ideal é que a complexidade dos diálogos aumente gradativamente, e que eles sejam combinados a exercícios que fixem pelo manos o essencial da gramática.




Avaliação
A sensação de evolução é um importante estímulo para o aprendizado. Recomenda-se, portanto, que o site possua um sistema de pontos ou fases para que o próprio aluno possa medir quanto já aprendeu e quanto ainda falta para atingir o nível desejado de proficiência.



Sites com conteúdo em português:
www.berlitz.com

Fonte: Revista Veja - Vida Digital 

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Profissional deve ter cuidados com a troca de e-mails no ambiente de trabalho; veja dicas

Bruna Souza Cruz

Pense na seguinte situação: um funcionário da área comercial está prestes a fechar contrato para oferecer serviços de um curso de gramática, porém envia a proposta por e-mail com diversos erros de português. Resultado da saia justa: o futuro cliente desiste da contratação e a empresa acaba prejudicada.

O exemplo dado por Reinaldo Passadori, diretor do Instituto Passadori - Educação Corporativa, representa a falta de cuidado que o profissional teve ao trocar informações via e-mail no ambiente de trabalho.

Segundo o executivo, o e-mail é a representação do profissional na internet e qualquer deslize pode ser prejudicial. "É preciso ter atenção redobrada em relação ao bom entendimento da mensagem que se quer passar. No contexto corporativo, um erro pode comprometer não só a imagem do profissional, como a da empresa”, ressalta.

Tom Coelho, consultor e palestrante de assuntos ligados ao mercado de trabalho, alerta que a objetividade, a organização da mensagem, sua coerência e ortografia são pontos de atenção fundamentais para uma comunicação virtual eficaz.

E para evitar que erros e a falta de atenção resultem em saias justas e situações constrangedoras confira cinco dicas para usar o e-mail com bom senso e organização:

Dicas

Responda as mensagens com rapidez;
Programe sua assinatura automática em todas as respostas e encaminhamentos;
Ao final do dia exclua as mensagens sem importância e arquive as demais em pastas previamente definidas;
Utilize o recurso de “confirmação de leitura” somente quando necessário;
Evite mensagens do tipo “corrente”.

Assinatura
Nunca deixe de assinar suas mensagens. E na assinatura, inclua telefone de contato apenas se estiver permanentemente disponível. Do contrário, mencione apenas o e-mail. 

Assunto
O campo "assunto" ou "subject" é uma boa ferramenta para gerenciamento do tempo. Seu bom uso permitirá que a mensagem seja acessada mais rapidamente, respondida com prioridade e arquivada adequadamente. Mas cuidado, isso não significa que você deva fazer deste campo uma extensão do e-mail, com um texto muito amplo. Seja objetivo, sintético e preciso.

Destinatários
Antes de enviar o e-mail analise para quem de fato é destinada a mensagem. A falta de atenção pode resultar em postagens incorretas.


Erros ortográficos/coerência
Esse tipo de erro denuncia a falta de preparo dos profissionais. Revise sempre a mensagem e utilize o corretor ortográfico para evitar saias justas.Antes de escrever um e-mail é preciso pensar em cada palavra e ter toda uma preocupação em transmitir a mensagem corretamente. Por isso, é importante também a revisão. O ideal é ler duas, três vezes para se certificar que está tudo claro.

Fofocas
O e-mail não é o local adequado para uma conversa informal. Evite fofocas sobre terceiros, em especial, colegas de trabalho. Primeiro, por uma questão de ética profissional e bom senso. Segundo, porque se a mensagem for lida por outra pessoa, não haverá o que temer.

Fontes
Use uma fonte amigável, de fácil leitura, como arial, verdana, tahoma, trebuchet. Além disso, trabalhe com um corpo de letra entre 10 (mínimo) e 14 (máximo).

Gírias, palavras inteiras com letras maiúsculas, palavrões
As gírias são formas de falar, não são necessariamente erros, mas em situações formais devem ser evitadas. O uso de palavras inteiras com letras maiúsculas também se deve evitar, pois pode ser decodificado como uma agressão. O mesmo deve ser empregado para palavrões.

Não escreva e-mails quando estiver emocionalmente abalado
Se o profissional estiver irritado, por exemplo, ele pode enviar ou responder um determinado e-mail de forma inadequada, de maneira grosseira. Essa situação pode causar constrangimentos futuros e por isso deve ser fazer o possível para não cometer esse erro.

Objetividade
É importante zelar sempre pela objetividade. Procure organizar seu e-mail por tópicos a fim de contemplar todos os assuntos pretendidos. E lembre, a mensagem precisa ter necessariamente um começo, meio e fim.
 
Organização
Evite ficar com mensagens paradas em sua caixa de entrada. Crie o hábito de encerrar o dia de trabalho com ela vazia. Se algo ficar pendente, transfira para uma pasta específica, a qual deverá ser tratada já na manhã seguinte. Não utilize esta pasta de pendências como uma muleta para prorrogar o retorno dos e-mails.

Lado pessoal e profissional
Não use as ferramentas que a empresa disponibiliza para tratar de assuntos particulares. A qualquer momento o profissional pode ser fiscalizado. O ideal é habilitar um e-mail pessoal para essa finalidade.

Ilustrações: Stefan
Fonte: UOL Empregos

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Trainees: Programas querem atrair candidatos mais ecléticos

Stefan Schmeling - Valor

Escassez de talentos faz empresas aceitarem jovens com formações diferentes das tradicionais.

Durante o curso de ciências sociais, Bruno Bidóia constatou que sua formação o excluia da maior parte dos programas de trainee, até que encontrou uma vaga na Natura.

Tradicionais redutos de engenheiros, administradores e economistas, os programas de trainee têm diversificado cada vez mais seus processos de seleção. A escassez de mão de obra no mercado tem feito muitas companhias reverem suas prioridades e reduzirem as exigências em relação à formação acadêmica dos candidatos.

Um levantamento realizado pela Cia de Talentos revela que 80% das empresas recebem inscrições de jovens com formação em alguns cursos além de administração, economia e engenharias. Embora, poucas aceitem candidatos com qualquer graduação, o mercado aos poucos está mudando. Há três anos, a Cia de Talentos conduzia apenas um programa que permitia a participação de jovens de todos os cursos superiores. Hoje são cinco, número que deve aumentar a partir do próximo ano. "O interesse das empresas em eliminar essa barreira na seleção é cada vez maior", diz Carla Esteves, diretora da consultoria.

Em 2009, a Natura reformulou o seu programa de trainee e fez, pela primeira vez, uma seleção aberta a candidatos provenientes de qualquer faculdade. Denise Asnis, gerente do escritório de liderança, explica que o principal objetivo foi atrair talentos com valores e perfis similares aos da organização.

Na seleção deste ano, nem mesmo a idade foi um impedimento - a única exigência era a de que os interessados estivessem graduados há, no máximo, quatro anos. A mudança, segundo Denise, trouxe boas surpresas: o processo atraiu trainees de diferentes formações e regiões do Brasil. "Acreditamos que é mais fácil formar aspectos técnicos do que valores. Dar um curso de informática ou de planejamento estratégico é muito mais simples e barato do que tentar inocular uma cultura", afirma.

A nova postura da Natura fez com que o então recém-formado em ciências sociais Bruno Bidóia se inscrevesse, pela primeira vez, em um programa de trainee. Ele faz parte desde o ano passado do time de jovens talentos da companhia e diz que, durante os estudos, não considerava esse tipo de programa como uma opção para iniciar a carreira. "Nem sabia o que era um trainee", admite. Acabou descobrindo do que se tratava em uma lista de e-mails da faculdade e começou a pesquisar alguns programas.

A decepção veio logo em seguida, quando o jovem percebeu que a maioria das seleções não aceitava estudantes de ciências sociais. "Descobri o trainee da Natura sem saber que era a empresa, já que na época eles não identificaram o nome. A proposta chamou a atenção e fiquei feliz quando vi que podia me candidatar", conta ele, que termina o programa no final deste ano.

Carla Esteves, da Cia de Talentos, explica que as empresas estão ampliando o leque de formações porque começam a enxergar a importância de ter profissionais mais "raros" no ambiente corporativo. "Elas estão percebendo a necessidade de ter um público interno diverso."
A gerente geral de recursos humanos e desenvolvimento organizacional da Whirlpool Latin America, Úrsula Angeli, acredita que não limitar a formação dos trainees tem um impacto positivo na inovação. "A estratégia é não buscar competências muito específicas, pois isso cria pensamentos limitados", afirma.

Desde 2004, a multinacional aceita inscrições de jovens formados em qualquer curso que esteja ligado ao negócio da companhia, desde engenharias até faculdades menos comuns nesse tipo de programa como gastronomia e arquitetura.

É o caso do especialista de mercado Raphael Coelho, que em 2009 entrou como trainee na Whirlpool. A graduação em relações internacionais não impediu que ele buscasse um programa na área corporativa, opção que estava em seus planos desde cedo. Adquiriu experiência gerencial e de vendas em atividades extracurriculares na faculdade. Chegou, inclusive, a morar na China por um ano atuando em projetos de marketing. "Ganhei bagagem e decidi prestar alguns programas de trainee, mas encontrei poucos que aceitavam a minha formação acadêmica", conta. Após a aprovação na Whirlpool, Coelho percebeu que o conhecimento adquirido na faculdade se tornou um diferencial no dia a dia de trabalho. "Aprendi muito sobre a parte administrativa e de gestão. Além disso, pude contribuir dando um ponto de vista diferente para a equipe", diz o ex-trainee, que já recebeu duas promoções desde o fim do curso.

Experiências como a de Coelho, porém, ainda não são comuns. A maioria dos candidatos que se inscreve para o programa da empresa, segundo Úrsula, é formada em cursos tradicionais. Mas a divulgação do processo seletivo em redes sociais como Twitter, Facebook e LinkedIn está atraindo pessoas com perfis diversos. "Estamos tendo acesso a pessoas que talvez nunca encontraríamos de outra forma."

As redes sociais também fazem parte da estratégia das Lojas Renner para democratizar o acesso de trainees ao seu programa, que aceita candidatos com qualquer formação desde 1996. Clarice Martins Costa, diretora de RH da rede varejista, explica que esse tipo de divulgação abriu o leque de interessados no curso: este ano são esperados 30 mil inscritos, ante 22 mil no ano passado. "Já recebemos currículos de gente com formação em filosofia e até zootecnia", diz.

O objetivo do programa, segundo ela, é encontrar candidatos que tenham perfis comportamentais ideais para o varejo. "O importante é termos pessoas com a atitude certa". O conteúdo técnico, de acordo com a diretora, é ministrado durante o curso de formação, que tem aulas teóricas e experiências práticas durante um ano. A seleção exige apenas que o candidato tenha até cinco anos de formado, disponibilidade para viagens e, em algumas áreas, inglês avançado.

Alguns conhecimentos especializados, segundo Carla Esteves, ainda são os principais limitadores para que as companhias abram totalmente os seus programas de trainee. "As empresas que não vão acompanhar essa tendência no médio prazo são aquelas em que a formação técnica é muito importante ou onde a profissão é regulamentada, como no caso dos advogados", diz. Por outro lado, a consultora diz que o mercado está tendo boas surpresas com essa diversidade. "É cada vez mais comum um profissional de turismo ou história trabalhar com finanças ou planejamento estratégico."

"Temos notado uma troca muito grande entre diferentes áreas. Hoje temos advogados e engenheiros no RH, além de pedagogos e economistas no marketing", exemplifica Denise, da Natura.