Ana Luiza Jimenez
Muitos candidatos são eliminados nessa primeira etapa da seleção por informações incorretas ou mal explicadas, cadastros incompletos, falta de atenção e outros erros que poderiam ser facilmente evitados.
Processos seletivos são longos e compostos por várias etapas, incluindo as temidas dinâmicas de grupo e, nos casos mais ousados, até uma entrevista com o presidente da companhia. Porém, para passar por todas essas fases, todos os candidatos – com ou sem experiência, querendo um emprego, um estágio ou uma vaga de trainee – começam pelo mesmo lugar: preenchendo uma ficha de inscrição com suas informações mais básicas. E é justamente nesse momento que muitos são eliminados da seleção. Por quê? Por informações incorretas ou mal explicadas, cadastros incompletos, falta de atenção e outros erros que poderiam ser facilmente evitados.
Confira a seguir as dicas de Fernanda Diez, gerente de Relacionamento com Candidatos do Vagas.com, e de Cristiani Furlani, gerente de Soluções da Cia de Talentos, para preencher seu currículo na internet corretamente.
Para começar bem – Segundo Fernanda Diez, os candidatos cometem erros que podem parecer insignificantes, mas que são decisivos quando a empresa precisa escolher entre dois profissionais. Com certeza, aquele que ficou mais atento aos detalhes leva a vaga. Por isso, diz ela, o primeiro ponto de atenção é se preocupar em cadastrar um e-mail decente, com nome e sobrenome – se o seu for parecido com jujuzinha@sarada.com, crie um novo logo depois de ler essa matéria. Em segundo lugar, é fundamental ficar atento aos erros de ortografia e gramática. “Erros de concordância são muito mal vistos, enquanto um currículo bem redigido faz o candidato ganhar pontos”, comenta a gerente.
Quanto mais, melhor - Apesar de o candidato não ser obrigado a colocar informações sobre perfis em redes sociais, como Facebook e Twitter, é recomendável acrescentar esses dados. “Porém, é fundamental sempre ter bom senso com o que é postado ou compartilhado”, diz Fernanda, do vagas.com. Para vagas nas áreas de Comunicação, adicionar informações como sites de portfólio ou blogs pessoais também são uma boa alternativa para mostrar ao recrutador projetos realizados.
Além de permitir que o headhunter conheça mais do perfil do candidato, explica Cristiani Furlani, as redes sociais também podem servir como um canal de contato entre o profissional e o futuro empregador, pois diversas empresas utilizam essas mesmas redes para criar fanpages e divulgar informações sobre vagas e etapas dos processos seletivos.
Objetivos e histórico profissional - Ao escrever o objetivo profissional, explica Fernanda, é importante citar o tipo de cargo e a área que deseja atuar de forma objetiva, por exemplo: ‘Estágio na área de administração’ ou ‘Analista de Comunicação na área de Marketing’. Fernanda conta que houve um caso muito curioso em que o candidato escreveu no campo objetivo profissional ‘ser feliz’. É claro que bom humor é importante para o ambiente profissional e até mesmo para se sair bem no processo seletivo, mas não dá para perder o bom senso, combinado? Afinal, o recrutador está em busca de assertividade nas informações.
O campo Perfil Profissional normalmente é opcional. Nesse espaço, explica Cristiani Furlani, o candidato pode listar suas principais habilidades e realizações, como ‘Experiência com entrevistas e aplicação de testes psicológicos, bem como a sua interpretação’ ou ‘Fácil comunicação para lidar com o público’.
Como a maioria das fichas de inscrição funciona como um currículo mais genérico, ou seja, que irá ser usado para se candidatar a muitas vagas, o candidato deve pensar em qual é o seu objetivo profissional e como indicar isso claramente para o recrutador. No caso de candidatos em início de carreira, explica Fernanda, é válido citar todas as experiências que possam ter agregado aprendizados. “Por exemplo, se o candidato trabalhou como vendedor de loja e teve um aprendizado com essa experiência, é válido citar na ficha de inscrição mesmo que esteja buscando uma vaga na área de Administração”, diz ela. Por outro lado, profissionais com experiência no mercado devem focar em informações ligadas à área de interesse.
Descrição de tarefas, atividades, responsabilidades e principais metas que teve durante o período em que trabalhou em determinada empresa são as informações mais relevantes para serem acrescentadas no campo ‘descrição de cargo’. Ao descrever o histórico profissional, explica Cristiani, da Cia de Talentos, vale ressaltar as atividades que faziam parte da rotina de trabalho e envolvimento em projetos, além de incluir as principais realizações, objetivos e metas alcançadas.
Histórico Acadêmico – Além de acrescentar as informações corretas do curso de graduação, uma dica da gerente do Vagas.com, é ficar muito atento às informações sobre data de conclusão e atualização de formação ou início em novas graduações. “Muitos candidatos não conseguem se candidatar em vagas porque se esquecem de atualizar o ano e mês de conclusão”, diz ela.
Para Cristiani, também é interessante acrescentar os cursos complementares, porém, se for uma lista muito extensa, uma dica é focar nas atividades mais recentes ou cursos ligados á área para a qual está se candidatando.
Fonte: Click Carreira