Fernanda
Bottoni
Especialista explica que
informações você deve buscar para não chegar ao processo de seleção como quem
caiu de paraquedas.
Você já deve ter ouvido
falar que é preciso “fazer a lição de casa” e pesquisar muita coisa sobre a
empresa em que quer trabalhar para não chegar à entrevista ou à dinâmica de
grupo com aquela cara de quem acabou de cair de paraquedas. Certo? Ok, mas você
sabe exatamente que informações precisa buscar, onde pode encontrá-las e por
que elas são importantes? Para tirar essas e outras dúvidas, consultamos
Caroline Cobiak, coordenadora de jovens profissionais da Across, especialista
em recrutamento de jovens profissionais. Veja o que ela diz.
1 – Em primeiro lugar, a
lição de casa é importante para que os candidatos possam conhecer melhor a
empresa, sua cultura, valores e entender se a empresa combina com seus
objetivos de carreira, se o tempo de promoção de trainee para um cargo de
gestor, por exemplo, é adequado às suas metas e se o programa de
desenvolvimento está atrelado ao que você procura. “Essas informações são
importantes, pois conhecendo a empresa, ele consegue identificar se o seu
perfil está realmente alinhado”, diz ela.
2 – Todas as informações que
você buscar sobre a empresa em que quer trabalhar serão importantes para
auxiliar na execução das atividades online e presenciais. “Dados como área de
atuação, principais concorrentes, faturamento, participação no mercado,
inovações, ações de sustentabilidade e sociais, perfil dos funcionários,
programa de desenvolvimento do trainee, se for o caso, cargo final que será
ocupado no final do programa, novos negócios, países em que a empresa atua etc
são sempre relevantes.”
3 – Buscar essas informações
não é nenhum problema. Você pode começar pelo site da empresa e depois dar uma
busca para pesquisar detalhes que ela não publica. “Outra dica é, caso conheça
alguém da empresa, bater um papo para identificar como é o clima de trabalho,
como são as equipes, como é o relacionamento das pessoas.”
4 – Durante a entrevista ou
a dinâmica você não precisa ficar como se estivesse numa prova oral da escola,
relatando tudo o que pesquisou de forma artificial. Seu conhecimento vai
aparecer de forma natural, durante as atividades propostas e nas perguntas do
recrutador. “Ele pode questionar o que motivou você a participar do processo e
você pode utilizar o que pesquisou para justificar a decisão”, recomenda.
5 – Durante a seleção você
também pode fazer perguntas para esclarecer o que não conseguiu descobrir
sozinho. Por exemplo, se não conseguiu descobrir qual a participação da empresa
no seu segmento, aproveite um momento em que o RH ou o gestor estiverem
presente para perguntar. Com bom senso, claro. “Em uma entrevista com o
consultor, as questões devem girar em torno de disponibilidade de mudança,
dúvidas sobre desenvolvimento do programa, duração, local de trabalho, desafios
de trabalho e projetos”, afirma Caroline. Mas atenção: não comece a perguntar
só para parecer interessado, ok? “Só questione se for realmente relevante para
a sua tomada de decisão e se a dúvida for auxiliar a decidir continuar no
processo ou não.”
Fonte: ClickCarreira