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sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Evite as gafes da comunicação oral na entrevista



Diversas características são avaliadas dentro de um processo seletivo, no entanto, além da parte técnica, uma competência que poucos se preocupam em trabalhar, e que pode fazer a diferença na escolha entre um ou outro profissional, é a comunicação oral.

Por ser um momento de avaliação, a entrevista de emprego exige uma postura séria e concisa. Porém, atualmente, o excesso de informalidades nos meios de comunicação e dos diálogos pessoais faz com que os indivíduos não saibam mais diferenciar o que está de acordo ou fora dos padrões da língua portuguesa.

Um dos maiores erros neste contexto é passar uma imagem falsa: nos processos seletivos, muitas pessoas tentam se passar por alguém que, na verdade, não são. Forjam, de certa maneira, a formalidade, o que não convence o recrutador.

É importante que o profissional se policie. Ao invés de usar uma palavra difícil, que não saiba exatamente o significado ou tenha dificuldade em expressar, substitua por outra mais simples, que domina e que não vá se atrapalhar na hora de falar.

“As pessoas tentam acertar demais com palavras e expressões coloquiais, e acabam caindo em erros como o gerundismo e vícios de linguagem”, aponta o professor Elvio Peralta, diretor superintendente da Fundação Fisk, que oferece o curso “Português sem Tropeços”.

Para Peralta, o ideal é evitar gírias e expressões informais, “mas o pecado maior é tentar usar recursos que não domina e se equivocar”.

Visão do recrutador

A avaliação da comunicação oral é feita de acordo com o nível de exigência do cargo. Para funções operacionais, por exemplo, onde a comunicação não é uma grande exigência, existe uma tolerância maior com erros.

Já profissionais de setores ligados à área de Humanas devem ser mais exigidos na comunicação verbal, até porque esta é uma competência fundamental para o desenvolvimento do trabalho.

“Para o fechamento de uma vaga, também é importante envolver o gestor da área para que avalie se o candidato supre as reais necessidades”, conta Ilka Lopes, consultora da Luandre.

De acordo com ela, outra dificuldade está na avaliação de profissionais mais jovens, da nova geração: “Eles carregam total informalidade na comunicação. Apesar de escreverem mais do que gerações passadas, por conta da internet e das redes sociais, se apropriam da linguagem informal para a oralidade”.

Ainda para Ilka, a literatura ajuda muito no vocabulário. “Vejo que falta um pouco de empenho da nova geração neste sentido”, observa.

Fonte: MSN Empregos