Isso acontece por uma razão simples: o seu
avaliador também é uma pessoa. “Ele é treinado para amenizar o impacto da sua
subjetividade no processo, mas nunca consegue eliminá-la completamente”,
explica Jacqueline Resch, sócia-diretora da Resch Recursos Humanos.
No entanto, o peso da conexão pessoal para o sucesso da entrevista é relativo. Você nunca vai
conquistar uma vaga só porque ganhou a simpatia do recrutador, segundo ela.
“Ele pode até pensar que adoraria tomar um chope com você, mas nada vai mudar
por causa disso”, diz.
Assim, é inútil tentar cativar o
entrevistador com falas ou comportamentos programados. “Muitos candidatos ficam
ansiosos em apresentar respostas e atitudes ‘certas’ na hora da entrevista”,
diz Jacqueline. Apostar nisso não ajuda em nada.
Na verdade, atrapalha. No afã de agradar,
você pode parecer artificial - e essa imagem vai na contramão do que realmente
encanta os recrutadores.
“Não há nada pior do que candidatos que
mentem ou inventam fatos para criar uma imagem favorável de si mesmos”, diz
Felippe Virardi, gerente de recrutamento da
Talenses. Segundo ele, os avaliadores não se impressionam com esses
expedientes. “Quem se destaca são as pessoas genuínas”, diz ele.
Cartas na mesa
A transparência também conta pontos na hora de falar sobre as suas fraquezas. Profissionais cativantes não mencionam apenas os seus acertos, segundo Virardi. “Eles também contam histórias de fracassos, e explicam como reagiram a essas situações adversas”, diz.
A transparência também conta pontos na hora de falar sobre as suas fraquezas. Profissionais cativantes não mencionam apenas os seus acertos, segundo Virardi. “Eles também contam histórias de fracassos, e explicam como reagiram a essas situações adversas”, diz.
Para Jacqueline, candidatos que demonstram
autoconhecimento, de forma geral, inspiram respeito. Chama a atenção quem sabe
bem o que pode oferecer à empresa, e também o que não pode, diz ela. “É
importante que se coloquem as cartas na mesa”.
Demonstrar
bom conhecimento sobre o outro lado também impressiona. Segundo Virardi, é preciso
pesquisar o máximo possível sobre a empresa e seu setor de atuação.
“Recrutadores gostam de quem faz a lição de casa”, afirma ele.
Outro diferencial é assumir também a posição
de entrevistador e fazer perguntas sobre a vaga e a empresa. “É uma prova
de que você se preparou para a entrevista, e que realmente se interessa pela
oportunidade”, diz Jacqueline.
Fonte: Exame.com