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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Quanto mais idiomas você souber, mais chances de ganhar bem.



Talita Barbosa

Dominar apenas o inglês não basta. Mercado procura quem saiba três, quatro línguas. Promoções e aumentos ficam mais fáceis. 

Flavius estuda ciência política com foco em relações internacionais. 

Já fala inglês e espanhol e estuda mandarim e francês

Fernando da Hora/JC Imagem

 

Dominar a língua inglesa não é mais considerado um diferencial no mercado, mas sim um requisito. O que antes era algo valorizado, hoje tornou-se obrigatório nas grandes empresas. Diante disso, profissionais que, além de serem fluentes no idioma, dominam outra língua, ganham um peso extra no currículo, o que aumenta em até 90% as chances de contratações, promoções e empregos em outros países.
O cenário do mercado atual, cada vez mais globalizado e exigente, obriga o profissional a ter um segundo idioma, principalmente o inglês, considerada a língua oficial do mundo dos negócios. A demanda por profissionais bilíngues é maior em algumas áreas como turismo, tecnologia, secretariado e serviços.
Segundo especialistas, a diferença salarial entre profissionais que falam inglês fluentemente pode variar de 47% a 60%, dependendo do cargo ocupado. Já as chances de contratação são 50% maiores para os que dominam a língua inglesa, podendo chegar a 90%, dependendo da área, além de ser um fator determinante para promoções.
O coordenador pedagógico da Wizard Idiomas, Pompeu Gomes, afirma que a procura por idiomas além do espanhol e do inglês cresce exponencialmente. “Embora o espanhol e o inglês ainda sejam os mais buscados, línguas como francês e chinês, por motivos culturais e mercadológicos, têm tido uma demanda frequente. A procura pelo francês, por exemplo, aumentou de alguns anos pra cá por conta do processo de imigração do Canadá para a parte francesa. Assim, pra quem quer começar os estudos de uma terceira língua, por questões culturais, e pela gama de falantes no mundo, eu diria francês. Por motivos mercadológicos eu aconselharia o chinês. Profissionalmente, dominar mais de um idioma além de lhe dar mais oportunidades na procura de um emprego, mostra que você é um profissional antenado, e não restrito ao mínimo, que seria o inglês”, diz o coordenador, aconselhando que a identificação pessoal também seja levada em conta na hora de iniciar os estudos.
“Meu conselho é que quando se trata de idiomas, inglês é básico há muito tempo. Depois disso, é importante se identificar e gostar. Quando se estuda o idioma com prazer os resultados são mais satisfatórios. Falar outra língua significa ter liberdade, ser independente, viajar e se comunicar sem a ajuda de terceiros. Pesquisas indicam que o aprendizado de línguas ajudam também na saúde mental”, afirma Pompeu Gomes.
Seja pela escolha do país ou pelo processo de internacionalização das empresas, os profissionais que desejam seguir carreira no exterior também precisam dominar outra língua, além do inglês. Esse é o caso do estudante de ciência política com ênfase em relações internacionais Flavius Falcão, que já é fluente em inglês, espanhol e estuda mandarim e francês.
“Vejo que o inglês já se tornou idioma básico. A busca por outros idiomas enriquece a vida profissional e pessoal e causa o diferencial no currículo. Para o mercado de trabalho o conhecimento de outras línguas auxilia nas relações internacionais empresariais em negociações, recepções e contatos”, afirma o estudante. Ele conta que na carreira que pretende seguir, de cientista político, é essencial a fluência em mais de dois idiomas, e do ponto de vista acadêmico, boa parte da literatura aprofundada da área está em outro idioma e as traduções nem sempre satisfazem o que o autor quis passar.
De acordo com o consultor de carreiras da Thomas Case & Associados, Alberto de Oliveira, diante do cenário atual do mercado, o inglês ainda é o idioma mais solicitado, mas profissionais poliglotas obtêm um lugar de maior destaque no mercado. “A preferência é, de fato, pelo inglês devido a sua facilidade de comunicação e aceitação nos cinco continentes nas relações corporativas. Entretanto, os idiomas como o alemão, francês e mandarim são muito bem-vindos, principalmente se atenderem a nacionalidade das empresas multinacionais, como por exemplo”, afirma o consultor.