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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Cursos de férias pode ser uma boa chance para aprender novo idioma


Vitor Tavares Do G1 PE

Janeiro, para muita gente, é o mês das férias, do tempo livre. Isso serve tanto para estudantes, com o recesso das aulas, como para trabalhadores, que muitas vezes elegem o mês para descansar ou viajar. Mas o primeiro mês do ano também pode ser uma ótima oportunidade para quem quer investir em estudo, conhecendo ou se aperfeiçoando em outro idioma. No Recife, diversos cursos de férias são oferecidos por escolas de idiomas para iniciantes ou para pessoas que já tenham conhecimento em línguas estrangeiras.

A fisioterapeuta Maíra Florentino é uma dessas pessoas que escolheram um mês de férias para fazer o curso. Ela, que tem 29 anos, decidiu, aos 13, deixar de lado o inglês da escola regular para seguir o caminho do espanhol. Porém, com pretensões de fazer um doutorado em sua área, acabou percebendo a necessidade de voltar a aprender a língua do Reino Unido. Em julho passado, Maíra reservou duas horas e meia, durante quatro dias da semana, para sair da Cidade Universitária, onde mora, e ir para um curso de inglês no bairro da Madalena. Ela diz que não se arrependeu. “Você vivencia o inglês todos os dias. Não tem tempo para esquecer e acaba se aperfeiçoando. Como o intensivo é rápido, consegui agregar melhor. Você está ouvindo todos os dias, falando todos os dias, pronunciando todos os dias”, afirmou.

Maíra, que não gostava da língua inglesa, hoje continua no curso regular do idioma, com aulas duas vezes por semana, e já tem pretensões de viajar para o Canadá para se aperfeiçoar. Para janeiro próximo, outro curso de férias já está nos seus planos. “Quando você tem aulas diariamente, se força a estudar. Como são seis meses condensados no espaço de um mês, os assuntos vão ser dados rapidamente e você tem que pegar, porque no outro dia já vai ser outro. Mesmo que não tenha tempo em casa para estudar, quando o professor der o novo assunto você consegue se lembrar do que foi dado antes”, opinou.

Apesar de achar cansativo, por sempre ter coisas a fazer mesmo em meses de férias, a fisioterapeuta gosta de frequentar as aulas hoje em dia. E ela credita isso ao fato de ter evoluído bastante. “Para quem tinha um inglês básico, hoje eu já consigo elaborar frases e, sobretudo, compreender o que as pessoas estão falando. A questão da escrita é mais complicada, pois precisa de mais treinamento”, reforça. Maíra pretender terminar o curso de inglês em 2013 e iniciar as aulas de francês em breve.

Os cursos de férias na capital pernambucana duram boa parte do mês de janeiro e oferecem aulas pelo menos quatro vezes na semana. Na unidade do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) localizada no bairro de Santo Amaro, por exemplo, os interessados em viajar para o exterior podem aprender espanhol, francês e inglês focados para o turismo. O Senac ainda oferece curso sobre a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Particulares, a Aliança Francesa e o Britanic oferecem aulas nos períodos da manhã, tarde ou noite. A escola Yázigi ainda tem programação para crianças de até 12 anos e cursos focados em conversação.

Confira a programação de cursos de férias em algumas escolas do Grande Recife:
Britanic (Unidades em Boa Viagem, Aflitos, Madalena, Piedade e Setúbal)
De 3 a 26 de janeiro
Aulas de segunda a quinta (2 horas e meia por dia, manhã, tarde ou noite)
Iniciante até avançado (Inglês e espanhol)
Informações: 3228-1250

Aliança Francesa (Unidades em Boa Viagem e no Derby)
De 2 a 26 de janeiro
Aulas de segunda a sexta (3 horas por dia, manhã, tarde ou noite)
Iniciante até avançado (francês)
Informações: 3202-6262

Senac (Unidade Santo Amaro)
De 4 a 20 de janeiro
Aulas de segunda a sexta (3 horas por dia, manhã, tarde ou noite)
Inglês para turismo, espanhol e francês para viagem ou Libras
Informações: 3413.6694

Yázigi (Unidades em Boa Viagem, Casa Forte, Olinda e Aflitos)
De 9 a 31 de janeiro
Iniciantes (Inglês, francês e espanhol), crianças (inglês), conversação para iniciantes até avançado (Inglês)
Informações: 3301-4222 / 3301-6324

Fonte: G1 PE

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Como aprender (de fato) um idioma na internet

O cardápio de cursos de línguas na rede é amplo e variado. Há desde blogs com acesso franco e redes sociais que cobram taxas até sites de escolas conhecidas. Antes de fazer sua escolha, é preciso checar itens essenciais:

Mediador
Ter alguém para corrigir exercícios e apontar erros de pronúncia faz toda a diferença. Nem todos os sites, especialmente os gratuitos, oferecem essa alternativa. Fuja dos cursos sem mediador e, se puder, escolha os que têm professores graduados e fluentes.
 
Material didático
A grande vantagem do ensino na rede é a interatividade. Por isso, quanto mais variados o conteúdo e o formato, maiores o envolvimento e atenção do aluno. Nos melhores cursos, há conversas por canais como o Skype, exercícios combinados a vídeos e jogos.


 
Método
No ambiente virtual, o foco é a conversação, e não a gramática. Mas os vídeos e áudios não podem saturar o aluno. O ideal é que a complexidade dos diálogos aumente gradativamente, e que eles sejam combinados a exercícios que fixem pelo manos o essencial da gramática.




Avaliação
A sensação de evolução é um importante estímulo para o aprendizado. Recomenda-se, portanto, que o site possua um sistema de pontos ou fases para que o próprio aluno possa medir quanto já aprendeu e quanto ainda falta para atingir o nível desejado de proficiência.



Sites com conteúdo em português:
www.berlitz.com

Fonte: Revista Veja - Vida Digital 

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Profissional deve ter cuidados com a troca de e-mails no ambiente de trabalho; veja dicas

Bruna Souza Cruz

Pense na seguinte situação: um funcionário da área comercial está prestes a fechar contrato para oferecer serviços de um curso de gramática, porém envia a proposta por e-mail com diversos erros de português. Resultado da saia justa: o futuro cliente desiste da contratação e a empresa acaba prejudicada.

O exemplo dado por Reinaldo Passadori, diretor do Instituto Passadori - Educação Corporativa, representa a falta de cuidado que o profissional teve ao trocar informações via e-mail no ambiente de trabalho.

Segundo o executivo, o e-mail é a representação do profissional na internet e qualquer deslize pode ser prejudicial. "É preciso ter atenção redobrada em relação ao bom entendimento da mensagem que se quer passar. No contexto corporativo, um erro pode comprometer não só a imagem do profissional, como a da empresa”, ressalta.

Tom Coelho, consultor e palestrante de assuntos ligados ao mercado de trabalho, alerta que a objetividade, a organização da mensagem, sua coerência e ortografia são pontos de atenção fundamentais para uma comunicação virtual eficaz.

E para evitar que erros e a falta de atenção resultem em saias justas e situações constrangedoras confira cinco dicas para usar o e-mail com bom senso e organização:

Dicas

Responda as mensagens com rapidez;
Programe sua assinatura automática em todas as respostas e encaminhamentos;
Ao final do dia exclua as mensagens sem importância e arquive as demais em pastas previamente definidas;
Utilize o recurso de “confirmação de leitura” somente quando necessário;
Evite mensagens do tipo “corrente”.

Assinatura
Nunca deixe de assinar suas mensagens. E na assinatura, inclua telefone de contato apenas se estiver permanentemente disponível. Do contrário, mencione apenas o e-mail. 

Assunto
O campo "assunto" ou "subject" é uma boa ferramenta para gerenciamento do tempo. Seu bom uso permitirá que a mensagem seja acessada mais rapidamente, respondida com prioridade e arquivada adequadamente. Mas cuidado, isso não significa que você deva fazer deste campo uma extensão do e-mail, com um texto muito amplo. Seja objetivo, sintético e preciso.

Destinatários
Antes de enviar o e-mail analise para quem de fato é destinada a mensagem. A falta de atenção pode resultar em postagens incorretas.


Erros ortográficos/coerência
Esse tipo de erro denuncia a falta de preparo dos profissionais. Revise sempre a mensagem e utilize o corretor ortográfico para evitar saias justas.Antes de escrever um e-mail é preciso pensar em cada palavra e ter toda uma preocupação em transmitir a mensagem corretamente. Por isso, é importante também a revisão. O ideal é ler duas, três vezes para se certificar que está tudo claro.

Fofocas
O e-mail não é o local adequado para uma conversa informal. Evite fofocas sobre terceiros, em especial, colegas de trabalho. Primeiro, por uma questão de ética profissional e bom senso. Segundo, porque se a mensagem for lida por outra pessoa, não haverá o que temer.

Fontes
Use uma fonte amigável, de fácil leitura, como arial, verdana, tahoma, trebuchet. Além disso, trabalhe com um corpo de letra entre 10 (mínimo) e 14 (máximo).

Gírias, palavras inteiras com letras maiúsculas, palavrões
As gírias são formas de falar, não são necessariamente erros, mas em situações formais devem ser evitadas. O uso de palavras inteiras com letras maiúsculas também se deve evitar, pois pode ser decodificado como uma agressão. O mesmo deve ser empregado para palavrões.

Não escreva e-mails quando estiver emocionalmente abalado
Se o profissional estiver irritado, por exemplo, ele pode enviar ou responder um determinado e-mail de forma inadequada, de maneira grosseira. Essa situação pode causar constrangimentos futuros e por isso deve ser fazer o possível para não cometer esse erro.

Objetividade
É importante zelar sempre pela objetividade. Procure organizar seu e-mail por tópicos a fim de contemplar todos os assuntos pretendidos. E lembre, a mensagem precisa ter necessariamente um começo, meio e fim.
 
Organização
Evite ficar com mensagens paradas em sua caixa de entrada. Crie o hábito de encerrar o dia de trabalho com ela vazia. Se algo ficar pendente, transfira para uma pasta específica, a qual deverá ser tratada já na manhã seguinte. Não utilize esta pasta de pendências como uma muleta para prorrogar o retorno dos e-mails.

Lado pessoal e profissional
Não use as ferramentas que a empresa disponibiliza para tratar de assuntos particulares. A qualquer momento o profissional pode ser fiscalizado. O ideal é habilitar um e-mail pessoal para essa finalidade.

Ilustrações: Stefan
Fonte: UOL Empregos

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Trainees: Programas querem atrair candidatos mais ecléticos

Stefan Schmeling - Valor

Escassez de talentos faz empresas aceitarem jovens com formações diferentes das tradicionais.

Durante o curso de ciências sociais, Bruno Bidóia constatou que sua formação o excluia da maior parte dos programas de trainee, até que encontrou uma vaga na Natura.

Tradicionais redutos de engenheiros, administradores e economistas, os programas de trainee têm diversificado cada vez mais seus processos de seleção. A escassez de mão de obra no mercado tem feito muitas companhias reverem suas prioridades e reduzirem as exigências em relação à formação acadêmica dos candidatos.

Um levantamento realizado pela Cia de Talentos revela que 80% das empresas recebem inscrições de jovens com formação em alguns cursos além de administração, economia e engenharias. Embora, poucas aceitem candidatos com qualquer graduação, o mercado aos poucos está mudando. Há três anos, a Cia de Talentos conduzia apenas um programa que permitia a participação de jovens de todos os cursos superiores. Hoje são cinco, número que deve aumentar a partir do próximo ano. "O interesse das empresas em eliminar essa barreira na seleção é cada vez maior", diz Carla Esteves, diretora da consultoria.

Em 2009, a Natura reformulou o seu programa de trainee e fez, pela primeira vez, uma seleção aberta a candidatos provenientes de qualquer faculdade. Denise Asnis, gerente do escritório de liderança, explica que o principal objetivo foi atrair talentos com valores e perfis similares aos da organização.

Na seleção deste ano, nem mesmo a idade foi um impedimento - a única exigência era a de que os interessados estivessem graduados há, no máximo, quatro anos. A mudança, segundo Denise, trouxe boas surpresas: o processo atraiu trainees de diferentes formações e regiões do Brasil. "Acreditamos que é mais fácil formar aspectos técnicos do que valores. Dar um curso de informática ou de planejamento estratégico é muito mais simples e barato do que tentar inocular uma cultura", afirma.

A nova postura da Natura fez com que o então recém-formado em ciências sociais Bruno Bidóia se inscrevesse, pela primeira vez, em um programa de trainee. Ele faz parte desde o ano passado do time de jovens talentos da companhia e diz que, durante os estudos, não considerava esse tipo de programa como uma opção para iniciar a carreira. "Nem sabia o que era um trainee", admite. Acabou descobrindo do que se tratava em uma lista de e-mails da faculdade e começou a pesquisar alguns programas.

A decepção veio logo em seguida, quando o jovem percebeu que a maioria das seleções não aceitava estudantes de ciências sociais. "Descobri o trainee da Natura sem saber que era a empresa, já que na época eles não identificaram o nome. A proposta chamou a atenção e fiquei feliz quando vi que podia me candidatar", conta ele, que termina o programa no final deste ano.

Carla Esteves, da Cia de Talentos, explica que as empresas estão ampliando o leque de formações porque começam a enxergar a importância de ter profissionais mais "raros" no ambiente corporativo. "Elas estão percebendo a necessidade de ter um público interno diverso."
A gerente geral de recursos humanos e desenvolvimento organizacional da Whirlpool Latin America, Úrsula Angeli, acredita que não limitar a formação dos trainees tem um impacto positivo na inovação. "A estratégia é não buscar competências muito específicas, pois isso cria pensamentos limitados", afirma.

Desde 2004, a multinacional aceita inscrições de jovens formados em qualquer curso que esteja ligado ao negócio da companhia, desde engenharias até faculdades menos comuns nesse tipo de programa como gastronomia e arquitetura.

É o caso do especialista de mercado Raphael Coelho, que em 2009 entrou como trainee na Whirlpool. A graduação em relações internacionais não impediu que ele buscasse um programa na área corporativa, opção que estava em seus planos desde cedo. Adquiriu experiência gerencial e de vendas em atividades extracurriculares na faculdade. Chegou, inclusive, a morar na China por um ano atuando em projetos de marketing. "Ganhei bagagem e decidi prestar alguns programas de trainee, mas encontrei poucos que aceitavam a minha formação acadêmica", conta. Após a aprovação na Whirlpool, Coelho percebeu que o conhecimento adquirido na faculdade se tornou um diferencial no dia a dia de trabalho. "Aprendi muito sobre a parte administrativa e de gestão. Além disso, pude contribuir dando um ponto de vista diferente para a equipe", diz o ex-trainee, que já recebeu duas promoções desde o fim do curso.

Experiências como a de Coelho, porém, ainda não são comuns. A maioria dos candidatos que se inscreve para o programa da empresa, segundo Úrsula, é formada em cursos tradicionais. Mas a divulgação do processo seletivo em redes sociais como Twitter, Facebook e LinkedIn está atraindo pessoas com perfis diversos. "Estamos tendo acesso a pessoas que talvez nunca encontraríamos de outra forma."

As redes sociais também fazem parte da estratégia das Lojas Renner para democratizar o acesso de trainees ao seu programa, que aceita candidatos com qualquer formação desde 1996. Clarice Martins Costa, diretora de RH da rede varejista, explica que esse tipo de divulgação abriu o leque de interessados no curso: este ano são esperados 30 mil inscritos, ante 22 mil no ano passado. "Já recebemos currículos de gente com formação em filosofia e até zootecnia", diz.

O objetivo do programa, segundo ela, é encontrar candidatos que tenham perfis comportamentais ideais para o varejo. "O importante é termos pessoas com a atitude certa". O conteúdo técnico, de acordo com a diretora, é ministrado durante o curso de formação, que tem aulas teóricas e experiências práticas durante um ano. A seleção exige apenas que o candidato tenha até cinco anos de formado, disponibilidade para viagens e, em algumas áreas, inglês avançado.

Alguns conhecimentos especializados, segundo Carla Esteves, ainda são os principais limitadores para que as companhias abram totalmente os seus programas de trainee. "As empresas que não vão acompanhar essa tendência no médio prazo são aquelas em que a formação técnica é muito importante ou onde a profissão é regulamentada, como no caso dos advogados", diz. Por outro lado, a consultora diz que o mercado está tendo boas surpresas com essa diversidade. "É cada vez mais comum um profissional de turismo ou história trabalhar com finanças ou planejamento estratégico."

"Temos notado uma troca muito grande entre diferentes áreas. Hoje temos advogados e engenheiros no RH, além de pedagogos e economistas no marketing", exemplifica Denise, da Natura.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Conseguiu um emprego temporário? Saiba como funciona.

Temporário sim, mas com direitos

Tiago Cisneiros

Neste fim de ano, só o comércio deve gerar 16 mil empregos de temporada. Veja o que exigir no contrato


Moniquele Matias, 19, conseguiu uma vaga na rede de calçados Esposende e tem esperanças de ser efetivada.

Com o aquecimento provocado pelas festas de fim de ano, o comércio costuma abrir as portas para os empregados temporários. Só no Recife, em 2011, são cerca de 16 mil oportunidades, segundo a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL). Em novembro, Moniquele Matias, 19, conseguiu uma delas como vendedora da rede de lojas Esposende. Agora, espera se consolidar no mercado. “Se depender de mim, vou ser contratada. Estou fazendo de tudo para corresponder às metas.” Se você também conquistou ou está em busca de uma vaga, fique atento aos seus direitos.

Para começo de história, é importante verificar se o contrato de trabalho determina as formas de indenização, caso o vínculo entre empresa e empregado seja rompido, sem justa causa, antes do prazo determinado. “O que se prevê, com base no artigo 479 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), é o direito ao valor correspondente a 50% dos salários que seriam devidos até o final”, explica o advogado trabalhista Ivan Barbosa.

O contrato de trabalho é importante para garantir os direitos do empregado temporário. Ele deve ter o mesmo salário e cumprir a mesma jornada que os outros funcionários de mesma função, recebendo, inclusive, remuneração por horas extras e adicional por trabalho noturno. O empregador também deve lhe assegurar vale-transporte, depósito do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), pagamento de férias e de 13º salário proporcionais, entre outros benefícios. O repouso semanal remunerado também pode fazer parte da lista, exceto quando o trabalhador recebe por comissão.

O “quase” que separa os direitos dos empregados temporários daqueles que são garantidos aos demais trabalhadores está, sobretudo, nas restrições ligadas ao caráter “determinado” do contrato. “O funcionário não faz jus nem direito à indenização pela ausência do aviso prévio nem à multa dos 40% do FGTS, porque ele já sabia, desde o início, que o seu vínculo com o empregador seria interrompido naquele momento”, afirma o advogado trabalhista Thiago Cavalcanti, do escritório Queiroz Cavalcanti.

Essas limitações, no entanto, só existem se o contrato de trabalho deixar claro que aquele vínculo entre empresa e empregado é por tempo determinado. Caso contrário, o trabalhador poderá requerer os seus direitos de forma plena, como se estivesse atuando sem ter ciência do prazo da relação.

Saiba mais

10 direitos do empregado temporário

1. Mesmo salário que os demais funcionários que exerçam a sua função
2. Mesma jornada que os demais funcionários que exerçam a sua função
3. Vale-transporte
4. Pagamento de horas-extras
5. Inscrição na Previdência Social (com contagem para a aposentadoria)
6. Repouso semanal remunerado
7. Adicional por trabalho noturno
8. Pagamento de férias proporcionais
9. Pagamento de 13º salário proporcional
10. Depósito do FGTS

Fontes: Ivan Barbosa (advogado) e Diário de Pernambuco/Admite-se 27/11/2011

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Saiba que formações são aceitas em concursos de nível superior

Lia Salgado

Curso sequencial, a distância, tecnólogo, licenciatura e bacharelado: quais são aceitos como nível superior nos concursos? Para esclarecer às diversas dúvidas enviadas pelos internautas do G1, explico nesta coluna as diferenças entre eles e quais atendem a requisitos comuns encontrados nos editais, como "curso superior" e "graduação".

Tecnólogo
Os cursos superiores de tecnologia ou graduações tecnológicas são cursos de graduação de nível superior, com características especiais. O formato é mais compacto, com duração média em torno de 3 anos- menor do que a dos cursos de graduação tradicionais. Porém seu diploma tem validade nacional e deve ser aceito em concursos para nível superior, inclusive quando o edital exigir graduação de nível superior. Só não será aceito caso o edital exija especificamente bacharelado ou graduação com duração mínima de 4 anos.
O curso de tecnólogo, no entanto, não deve ser confundido com os cursos sequenciais, que não são graduações, ainda que sejam de nível superior.

Curso sequencial
Os cursos sequenciais são cursos de nível superior, mas não conferem título de graduação. Há dois tipos de cursos sequenciais definidos pelo Ministério da Educação: Cursos Sequenciais de Complementação de Estudos, com destinação individual ou coletiva, e conduzindo à obtenção de certificado; e Cursos Sequenciais de Formação Específica, com destinação coletiva e conduzindo à obtenção de diploma.

No caso dos cursos sequenciais de complementação de estudos, a criação pode ser feita sem autorização prévia do MEC e esses cursos não são objeto de reconhecimento, ao contrário dos cursos sequenciais de formação específica, sujeitos aos processos regulares de autorização e reconhecimento.

Assim, para concursos públicos que especifiquem apenas o requisito de ser portador de diploma de nível superior, quem fez curso sequencial de formação específica poderá se inscrever. Já o portador de certificado de curso sequencial de complementação de estudos (individual ou coletivo) não poderá.

Os concursos que especifiquem que os candidatos devam ser portadores de diploma de curso superior de graduação excluem os formados em qualquer curso sequencial.

Licenciatura e bacharelado
Licenciatura e bacharelado são graduações de nível superior, sendo que a licenciatura oferece, além das disciplinas inerentes ao curso escolhido, técnicas destinadas à formação de professores. No bacharelado, a formação proporcionada ao aluno é voltada para o mercado de trabalho. Ambos são aceitos em concursos que exigem curso superior e graduação. Há editais que poderão exigir bacharelado ou licenciatura especificamente, ou vetar um ou outro.

Educação a distância
A educação a distância está prevista no artigo 80 da Lei de Diretrizes e Bases e foi regulamentada pelo decreto 5622/2005. Os diplomas e certificados de cursos e programas a distância, expedidos por instituições credenciadas e registrados na forma da lei, terão validade nacional.

Então, se o curso a distância for ministrado por instituição reconhecida pelo MEC, o diploma tem a mesma validade dos diplomas de cursos presenciais. É preciso apenas verificar se o curso é de graduação ou de formação sequencial. Ambos os diplomas serão de nível superior, mas somente o primeiro será aceito se o edital exigir graduação.

Fonte: G1

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Pesquisa: 69% das empresas já rejeitaram candidatos por causa das redes sociais

Mentir qualificações é o principal motivo para não-contratação. 47% dos recrutadores realizam pesquisas sobre o entrevistado nas redes.
Reprodução

De acordo com uma pesquisa realizada pela Reppler, uma consultoria especializada em gerenciamento de imagens nas mídias sociais, 69% dos recrutadores norte-americanos já rejeitaram um candidato devido a informações nos perfis de redes sociais como Facebook, LinkedIn e Twitter. A empresa entrevistou 300 profissionais de RH.

O estudo afirma que mentir sobre as qualificações é a principal razão pela qual os recrutadores desistiram de contratar o candidato, seguida de postagem de fotos e comentários inapropriados, como frases negativas a respeito do antigo chefe, por exemplo. A falta de habilidade em se comunicar nas redes sociais também faz parte do ranking.

O monitoramento do conteúdo compartilhado nas redes sociais deve ser constante, já que um bom perfil pode garantir uma contratação. Segundo a pesquisa, 68% dos ouvidos já contrataram um profissional devido à boa imagem passada em suas contas.

Outras razões que levaram os recrutadores a contratar após a análise dos perfis nas mídias sociais são: criatividade, boa comunicação, boas referências e prêmios recebidos pelo candidato, além das qualificações profissionais do currículo estarem inclusas em seus respectivos perfis.

A maioria dos recrutadores recorre às redes sociais no começo da seleção. 47% afirmaram que, após o recebimento do currículo, realizam uma pesquisa através dos links fornecidos pelos candidatos. O Facebook é utilizado por 73% dos entrevistados, enquanto 53% preferem o Twitter e 48% o LinkedIn.

Fonte: Olhar Digital

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Seção especial: Carreira - Parte II

Continuando...

Renata Dias

Dicas

Segundo pesquisa realizada pelo Grupo Catho, as características de personalidade mais desejadas pelos empregadores são: Espírito de equipe, Dinamismo, Iniciativa,
Boa comunicação e Eficácia.

Por outro lado, algumas características são vistas de forma muito negativa e quando identificadas em um candidato reduzem muito as suas chances de contratação: Preguiça, Falsidade, Descontrole emocional, Uso de palavrões e Grosseria.

Carla Fabiana, consultora do Grupo Catho, dá dicas de como o recém-formado deve buscar uma colocação no mercado de trabalho. Confira:


Identifique, com precisão, quais são as suas principais características pessoais (se gosta de trabalhar em grupo, se consegue lidar bem com mudanças ou se tem segurança para tomar decisões difíceis, por exemplo).


Não adianta candidatar-se a todos os programas de trainees aleatoriamente. Escolha empresas que procurem um profissional de perfil parecido com o seu e ofereçam um tipo de trabalho compatível com o que deseja.


Os empregadores valorizam os candidatos "focados", ou seja, aqueles que sabem o motivo pelo qual desejam trabalhar em suas empresas, pois eles estão procurando futuros gerentes e diretores. Você não pode demonstrar que tanto faz ir para a empresa "x" ou "y".


Os empregadores não estão interessados em habilidades técnicas, mas em candidatos com perfil compatível ao da companhia. Se você não foi selecionado por uma empresa não desanime, pois o critério de seleção pode ser diferente em outras companhias.


Seja o mais natural possível durante as entrevistas e dinâmicas de grupo. Não adianta fingir ter as características que a empresa busca (ou que o você pensa que ela busca).


Não basta ler o jornal somente na véspera da prova. Para absorver o que se passa no mundo, é preciso ter o hábito de acompanhar os noticiários regularmente. Aprofunde-se naquilo que você tem maior interesse.


A empresa produtiva e competitiva enxerga os estagiários e recém-formados como se fossem “a menina de seus olhos”. O investimento em treinamentos nesses perfis de empregados é hoje uma das armas das companhias para formar profissionais que futuramente irão exercer postos de liderança. Se você conseguir gerar entrevistas e estiver preparado para enfrentar o processo seletivo, as chances de conquistar uma boa oportunidade serão maiores. O início de toda carreira é difícil e depois do vestibular este é o primeiro grande desafio que um profissional de sucesso terá que enfrentar. Portanto, estar bem preparado é fundamental.


Fonte: TERMINEI A GRADUAÇÃO. E AGORA? – Especial - Jornal Carreira e Sucesso
Catho Online

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Seção Especial: Carreira - Parte I


Renata Dias

Colação de grau, festa de formatura e muitas congratulações. Você se formou na universidade. Mais uma fase está encerrada em sua vida. A partir de agora, a sua trajetória profissional será encarada de forma diferente. Você não está mais no mercado para aprender. Você será cobrado por seus superiores e, se quiser manter seu emprego, terá que trazer resultados positivos para a empresa. Você está preparado para enfrentar estas mudanças? A universidade te deu uma boa base para iniciar a carreira? Normalmente, a universidade abre a mente, nos faz refletir mais e melhor, além de nos dar alicerces técnicos que são de extrema valia em nossa vida profissional.

Entretanto, não é apenas o diploma universitário que determina o sucesso profissional do recém-formado. Com o crescente número de jovens formados a cada ano, a conquista do primeiro emprego tornou-se difícil. Para conseguir uma oportunidade, é preciso estar bem preparado para vencer a concorrência. Segundo a consultora Carla Fabiana, do Grupo Catho, é imprescindível conhecimentos em um segundo idioma, preferencialmente o inglês, e domínio em informática. Ter cursado uma universidade de renome ou ter realizado cursos no exterior também ajuda muito. “Outras características têm sido muito valorizadas como, por exemplo, o perfil pessoal. As empresas buscam profissionais dinâmicos, com jogo de cintura suficiente para adaptar-se a diversas situações, que saibam pesquisar e trabalhar em grupo”, disse.

De acordo com o recém-formado Felipe Mancini, graduado em Ciência da Computação, hoje em dia ter um diploma universitário não é suficiente. “A companhia onde trabalho exige fluência nas línguas inglesa e espanhola, além de certificações e experiências na área de desenvolvimento e suporte”. A mesma visão é compartilhada pela recém-formada Larissa Redondo, graduada em Rádio e TV: “atualmente existem muitas faculdades, e fazer uma delas já não é um diferencial. Por isso, logo que terminei o curso universitário, optei pelo início da pós-graduação. A minha intenção é ter mais perspectivas de crescimento profissional”.

Fazer uma pós-graduação logo após o término do curso de graduação nem sempre é o melhor caminho, segundo a consultora Carla Fabiana. “Antes de tomar essa decisão, é preciso definir em qual área você quer se especializar. E logo depois que você termina a faculdade, normalmente você passa por uma fase de definições em sua carreira profissional. É comum querer mudar de área nos dois primeiros anos de experiência”. Ainda menos aconselhável é fazer os cursos de MBA nesta fase: “para aproveitar tudo que um curso deste pode oferecer, é preciso maturidade profissional e alguma experiência gerencial. Jamais faça um curso de MBA sem ter pelo menos dois de formado”, aconselha. A consultora também alerta para o cuidado em escolher uma instituição de qualidade: “se você não conseguiu se graduar em escolas de primeira linha, compense esta deficiência mercadológica com uma pós-graduação em instituições renomadas, que tenham prestígio no mercado”.

Além das exigências feitas pelo mercado, o recém-formado enfrenta algumas dificuldades. Débora Côrrea, que finalizou o curso de jornalismo no ano passado, pontua as principais barreiras no início de carreira. “Na empresa onde trabalho, as pessoas ainda me enxergam como uma estagiária. É difícil para eles entenderem que eu me formei e que agora sou uma profissional. Uma outra barreira é que o mercado dificilmente quer contratar um recém-formado. As companhias preferem o estagiário para treinar ou alguém com bastante experiência para que possa assumir mais responsabilidades”. Diferente de Débora, o publicitário Luiz Gustavo afirma que não está enfrentando grandes dificuldades no início de carreira. “A chave é começar cedo para adquirir experiência. Trabalho na área desde que entrei na faculdade”.

O recém-formado da área de saúde é o que enfrenta mais dificuldades, segundo a consultora Carla Fabiana. Além de receber salários baixos, o profissional já deve ter uma especialização logo que se forma. Michele Choukmaev, fisioterapeuta, faz especialização e trabalha no Instituto do Coração (Incor). “Eu acredito que a prática é mais importante que a formação acadêmica, ainda mais na minha área. O estágio é fundamental para se preparar para o mercado de trabalho”.

Para a consultora Carla Fabiana, a falta de experiência é a maior dificuldade para conseguir um bom emprego depois de formado. “É uma preocupação relevante, no entanto é preciso lembrar que esta dificuldade foi também enfrentada pela maioria dos profissionais que hoje ocupa uma posição de destaque. Portanto, há portas de entrada no mercado de trabalho. A questão é encontrá-las e abri-las”. Algumas universidades oferecem cursos em carga horária que dificulta a realização de estágios durante a graduação ou então o estudante precisa trabalhar para pagar a universidade e o valor da bolsa-auxílio oferecida nos estágios não é suficiente. Nestas condições, é comum que o estudante termine o curso sem possuir uma experiência prática na área estudada, o que acaba dificultando a sua entrada no mercado. “O estágio é imprescindível na vida do estudante, pois é dessa forma que ele irá adquirir experiência e novos conhecimentos”, disse a consultora.

Entretanto, segundo Carla Fabiana, existem alternativas que propiciam uma vivência profissional para o estudante que não possui experiência e que está com dificuldades de fazer o estágio. “A própria universidade propicia uma série de atividades que é muito valorizada pelo mercado. Participação em empresa júnior, por exemplo, é utilizada como critério de seleção em algumas empresas. Outras atividades como apresentação de trabalho em congressos, iniciação científica, realização de trabalhos comunitários, participação em grêmio estudantil ou centro acadêmico também são valorizadas”. De acordo com a consultora, essas atividades fazem com que as empresas possam identificar a capacidade de liderança, facilidade de relacionamento em equipe, criatividade, entre outras características desejadas. “Essas habilidades são muito valorizadas pelas empresas nos processos seletivos”, afirma.

Há casos em que o recém-formado, por não conseguir um emprego em sua área, acaba atuando em uma completamente diferente da sua graduação. O que fazer neste caso? É preferível ficar desempregado a aceitar uma oportunidade que não seja da sua especialidade? Carla Fabiana responde: “Ficar muito tempo afastado do mercado de trabalho após a formação é muito ruim. Neste caso, vale a pena aceitar uma proposta para atuar em outra área e continuar buscando novas oportunidades”.

Essa excelente matéria tem continuidade... Aguarde.

Fonte: Jornal Carreira e Sucesso - Catho Online

Terminei a graduação. E agora?