Por Dad Squarisi
Era uma vez...
Um comerciante do mercado público
vendia sardinhas, dourados, tambaquis, pirarucus e surubins. A banca prosperava.
Entusiasmado, ele decidiu inovar. Exibiu esta faixa bem vistosa: "Hoje
vendemos peixe fresco". Olhou de longe. Oba! Orgulhoso, perguntou ao
vizinho:
- Que tal a novidade?
- É. Está bem. Mas me diga urna
coisa. Você vende peixe velho? Não? Então pra que o fresco?
O homem apagou o adjetivo. Ficou
"Hoje vendemos peixe".
- E agora? indagou interessado.
- Pra que o hoje? Hoje é hoje.
Restou "Vendemos peixe".
- Por acaso você dá peixe? Não? O vendemos
sobra.
- Pronto. Fica só peixe.
- Pra que peixe? Quem chega vê a mercadoria.
Não precisa de anúncio.
Decepcionado, o infeliz arrancou a
faixa.
MENOS É MAIS
A história ensina uma lição. Um mundo novo bate à porta. Não
é qualquer mundo novo. Trata-se
do mundo novo de alta tecnologia. Mais precisamente: o mundo das comunicações.
No celular e no Twitter, as mensagens só podem ter 140 caracteres. O que e
isso? São 140 toques no computador, contados
os espaços. É este tamanho:
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0 miserê se explica. Cada vez mais a gente vai receber e
mandar recados pelo celular. Como abrigá-los no visor? A receita é uma só –
usar o metro e a tesoura. O metro para medir o tamanho de palavras e frases. A
tesoura para cortar as compridonas sem piedade. No caso, vale a regra: pequeno
é bom, mas menor é melhor.
Fonte: Revista Agitação – CIEE