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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Seção: Outras palavras


Por Dad Squarisi

Era uma vez...
Um comerciante do mercado público vendia sardinhas, dourados, tambaquis, pirarucus e surubins. A banca prosperava. Entusiasmado, ele decidiu inovar. Exibiu esta faixa bem vis­tosa: "Hoje vendemos peixe fresco". Olhou de longe. Oba! Orgulhoso, perguntou ao vizinho:
- Que tal a novidade?
- É. Está bem. Mas me diga urna coisa. Você vende peixe velho? Não? Então pra que o fresco?
O homem apagou o adjetivo. Ficou "Hoje vendemos peixe".
- E agora? indagou interessado.
- Pra que o hoje? Hoje é hoje.
Restou "Vendemos peixe".
- Por acaso você dá peixe? Não? O vendemos sobra.
- Pronto. Fica só peixe.
- Pra que peixe? Quem chega vê a mercadoria. Não precisa de anúncio.
Decepcionado, o infeliz arrancou a faixa.

MENOS É MAIS

A história ensina uma lição. Um mundo novo bate à porta. Não é qualquer mundo novo. Trata-se do mundo novo de alta tecnologia. Mais precisamente: o mundo das comunicações. No celular e no Twitter, as mensagens só podem ter 140 caracteres. O que e isso? São 140 toques no computador,   contados os espaços. É este tamanho:           

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0 miserê se explica. Cada vez mais a gente vai receber e mandar recados pelo celular. Como abrigá-los no visor? A receita é uma só – usar o metro e a tesoura. O metro para medir o tamanho de palavras e frases. A tesoura para cortar as compridonas sem piedade. No caso, vale a regra: pequeno é bom, mas menor é melhor.