9 erros de português
que o candidato precisa evitar
Por Fernanda Bottoni
Muitos
profissionais (de todas as áreas) estão cometendo gafes terríveis com a Língua
Portuguesa. Um estudo do Nube aponta que, só nos últimos cinco anos, a taxa de
reprovação dos candidatos na etapa de “ditado” e “redação” aumentou 60%. O dado
é assustador porque, além de ferir os ouvidos do interlocutor, quem comete
erros gramaticais pode prejudicar sua imagem e jogar pelos ares as melhores
oportunidades de trabalho.
Segundo
Eva Buscoff, coordenadora de treinamentos internos do Nube, os candidatos
cometem erros bem variados, mas muitos – muitos mesmo – são de ortografia. Pior
que isso – erram palavras que deveriam fazer parte do seu dia-a-dia. “Vejo
estudantes de jornalismo que não sabem escrever ‘assessoria’ e de ciências
contábeis que se atrapalham com ‘rescisão’”, diz ela.
1 – “Segue os
relatórios…”.
Regra
número um da concordância verbal: o verbo concorda com o sujeito, mesmo quando
o sujeito vem depois, como é o caso acima. O correto é “seguem os relatórios”,
no plural, ou “segue o relatório”, no singular. Atenção também quando a frase é
longa. Nunca diga “O dono desses carros são felizes”, ok? O “dono”, núcleo do
sujeito da oração, está no singular e é também no singular que o verbo deve
ficar.
2 – “Eu vou estar
estudando inglês no próximo ano.”.
O
nome disso é “gerundismo” e o resultado é tenebroso para sua imagem. Não tente
enfeitar o discurso com ele. O melhor é dizer “Eu vou estudar inglês no próximo
ano”. Simples e eficiente.
3 – “Ele falou pra
mim fazer.”.
Você
diz “Mim vai almoçar”? Não! “Mim” não faz nada porque jamais pode ser o sujeito
da oração. O correto é “Ele falou para EU fazer”. Pode parecer estranho, mas é
o certo e, se você começar agora a falar assim, logo vai se acostumar. Só use o
“mim” em casos deste tipo: “Ele gostou de mim” ou “Ele fez o relatório para
mim”.
4 – “Houveram
problemas no seu voo.”.
Errado.
O correto é “houve problemas no seu voo”. Sabe por quê? Houver no sentido de
existir não tem sujeito, por isso fica sempre na terceira pessoa do singular.
Exemplo: Há dez problemas, houve dez problemas, haverá dez problemas.
5 – “Esse curso é
gratuíto.”.
Não,
não é… Ele é “gratuito”. Como não há acento agudo no i, o correto é falar com a
sílaba tônica no “u”, como se fosse gratúito.
6 – “Porque eu não
fui promovido?”.
Vamos
lá:
-
Use “por que” separado no início de uma pergunta.
-
Use porque junto na resposta, por exemplo: “Você não foi promovido porque não
sabe escrever”.
-
Use “por quê” separado e com acento quando ele estiver sozinho ou no fim da
pergunta. Assim: “Você acredita nisso? Por quê?”.
-
Use “por que” separado e sem acento sempre que ele puder ser substituído por
“por qual motivo”. “Eu não sei por que não fui promovido” (“eu não sei por qual
motivo não fui promovido”)
-
Use “porquê” junto e com acento quando ele vier com a preposição “o” e puder
ser substituído por “motivo”. “Eu não sei o porquê de tanta confusão.”
7 – “Estou muito
ancioso para conseguir um emprego.”.
Você
está “ansioso”, tenho certeza. Com “s” SEMPRE.
8 – “Eu tive muita
assertividade nos testes.”.
Não,
você teve muitos acertos. Ter “assertividade” significa falar de forma clara,
direta e objetiva. Não quer dizer que você tenha acertado alguma coisa.
9 – “Vamos se ver
amanhã?”.
Vamos
relembrar os pronomes reflexivos: Eu me encontro, Tu te encontras, Ele (Você)
se encontra, Nós nos encontramos, Vós vos encontrais, Eles (Vocês) se
encontram. Da próxima vez, por favor, diga “Vamos nos ver amanhã?”. Combinado?
Ah,
sim, sobre os erros de ortografia… Na dúvida, consulte sempre um dicionário. Há
vários, gratuitos, na internet mesmo. E, para começar a errar menos,
experimente parar de usar o corretor ortográfico automático. Ele pode
“emburrecer” seu cérebro, viu? ;-)
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Fonte:
Vagas.com