Ana Vaz
Consultora de imagem e etiqueta pessoal e
corporativa ensina como se vestir para o trabalho.
Imagem pessoal, mais do que uma questão de
estética é uma questão de comunicação, por isso mesmo usar a sua imagem para
comunicar seu posicionamento profissional é pra lá de útil. Uma imagem
profissional positiva demanda uma identificação com sua área de atuação e
obviamente com a empresa para qual trabalha ou deseja trabalhar. Mas como
entender que imagem é essa e decodificá-la? Vamos lá!
- Se você já está na empresa, um dos
primeiros passos é perguntar ao departamento de recursos humanos, assim que
você começa a trabalhar, se existe uma política de vestimenta. Se houver,
atenha-se a ela, mesmo que você perceba que os colegas não a levem tão a sério.
É normal que com o tempo as pessoas sintam-se cada vez mais confortáveis nas
empresas em que estão e por isso mesmo se vistam de forma cada vez mais casual.
O problema é que casualidade excessiva pode ser lida como desleixo e desatenção
aos detalhes.
- Se na empresa em que você trabalha não
existe um código de vestimenta, vale observar sua chefia, e a chefia de sua
chefia. Normalmente são estes profissionais que estão mais conectados com a
marca da empresa e conseguem, às vezes intuitivamente, traduzi-la para sua
vestimenta. Adicionalmente, olhe para a identidade visual de sua empresa:
logomarca, manuais, website, blog (se houver), presença nas redes sociais,
peças de publicidade. É na identidade visual que você verá como sua empresa
projeta a imagem de seus funcionários e a própria. Tente reproduzir o que está
comunicado lá. Se sua empresa usa imagens de uma equipe vestida de forma mais
casual, não há problema algum em você reproduzir tal imagem, mas se ela representa
a equipe e vestida com blazers e roupa social, isto significa que a sua imagem
deveria no mínimo estar próxima a ela – talvez seja o caso de evitar o jeans,
as camisetas e/ou os sapatos esportivos, mesmo que seus pares se vistam assim.
Pense que projetar a imagem que a empresa criou para sua equipe, mostra que
você está antenado e deseja se encaixar. E isso é bom! Além de fazer sua chefia
respirar aliviada no momento em que você está exposto aos clientes.
- Se você está num processo de seleção, vale usar
a tática acima, e procurar referências visuais de como a empresa projeta a
imagem de seus funcionários. E pense que numa seleção, você estará em vantagem
se sua roupa não atrair mais atenção que você. Seja discreto.
- Se você trabalha ou quer trabalhar em
áreas mais criativas ou modernas, você pode abusar um pouco mais de cores e
estampas, usar peças mais casuais, como o jeans. Mas vale lembrar que o exagero
(de cores e estampas), causará um ruído de comunicação, e roubará a atenção de
você. Se sua empresa é mais feminina, também vale mais cores e estampas, assim
como roupa com texturas um pouco mais macia – que traduzem acolhimento e
cuidado com o outro.
- Se a empresa é mais formal, ou está numa
área mais masculina, são as cores mais sóbrias e até escuras, e a roupas de
linhas mais retas e tecidos mais firmes, que causarão um efeito de maior
sintonia entre você e a marca para qual trabalha.
E lembre-se que dá para traduzir a sua
personalidade em seu visual profissional, mas é absolutamente imprescindível
que a personalidade da marca para qual trabalha esteja traduzida também. Assim
todo mundo ganha: você genuinamente comunica seu respeito pela marca para qual
trabalha, o cliente vê uma continuidade desta marca em você e a empresa se
sente segura ao indicá-lo como um representante de seus valores.
Matéria do site ClickCarreira.
Fonte: ClickCarreira