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terça-feira, 13 de maio de 2014

3 dependências que podem atrapalhar sua atuação profissional


Por Gisele Meter

Falamos muito em dependências emocionais voltadas para os relacionamentos amorosos. Quando dizemos que uma mulher é dependente, normalmente nos vem à cabeça a ideia de uma pessoa submissa financeiramente ou até mesmo emocionalmente de seu parceiro. O fato é que dependência vai muito além disso, e está relacionada a aspectos psicológicos de aceitação, algo que curiosamente acaba te afastando daquilo que realmente é.



Uma mulher dependente deixa de explorar suas potencialidades e passa a viver para agradar os outros, acreditando que assim também será feliz. É aquela que sempre busca - fora de si - a realização que tanto procura. O curioso é que quanto mais dependente uma pessoa é, mais triste e vazia ela se sente. Isso porque ela acredita a todo o momento que precisa ser completada e preenchida pela presença ou opinião do outro.

Quando pensamos no ambiente de trabalho, podemos também levar a mesma dinâmica da dependência amorosa para as relações organizacionais. Já presenciei, por exemplo, mulheres totalmente dependentes de seus colegas de trabalho ou superiores. Não digo somente na questão da autonomia, mas principalmente no que se refere ao próprio desenvolvimento.São mulheres que precisam de aceitação, autoafirmação, direcionamento e elogios o tempo todo. Mostram-se inseguras, imaturas e até mesmo frágeis, o que pode comprometer fortemente sua imagem profissional.

É importante saber que todos nós, em algum nível, somos dependentes de outras pessoas, até porque se isto não fosse verdade, não precisaríamos trabalhar em equipe, pois seriamos autossuficientes. Mas precisamos ter consciência que as outras pessoas também dependem de nós na mesma proporção, tornando assim o relacionamento com colegas interdependente ou seja, eu dependo de você na mesma medida em que você também depende de mim. E, assim, somos uma equipe que trabalha e se desenvolve junto.

Acredito que este pensamento torna as relações mais igualitárias, menos dominadoras e acima de tudo mais saudáveis!



Dependência intelectual
Pessoas com dependência intelectual são aquelas que duvidam do próprio conhecimento e até mesmo da própria inteligência. São os que vivem perguntando aos colegas de trabalho: “como sou? O que devo fazer? Para onde devo ir? O que você faria em meu lugar?”. É alguém que antes de tomar qualquer decisão, procura sempre a opinião dos outros e espera que pensem por ele. Como duvida secretamente de sua inteligência, acredita que não consegue pensar, e deposita sua capacidade de decisões na opinião alheia. esse tipo de pessoa vive de acordo com o pensamento dos outros e suas decisões normalmente tem interferência das pessoas a sua volta.



Dependência afetiva
No ambiente de trabalho a dependência afetiva é muito comum, principalmente entre as mulheres. São aquelas pessoas que precisam ser amadas na empresa a todo o momento; querem que alguém lhes diga que é querida, adorada; e o quanto são boas naquilo que fazem. É certo que todos nós fazemos isto em algum momento, mas há pessoas que agem assim o tempo todo, esta é a grande diferença!

Uma pessoa com dependência afetiva no ambiente de trabalho, normalmente, faz tudo para agradar os outros e pode se tornar ou o palhaço ou o carregador de pianos da organização. E por fim, acaba esquecendo de si próprio por causa da dependência e aceitação dos que estão a sua volta.



Dependência moral
Dependente moral é aquela pessoa que precisa do outro para lhe dizer se está agindo certo ou não. É alguém que precisa que lhe digam o que fazer, como agir e como se comportar. Espelha-se demais no comportamento alheio e acaba virando uma caricatura piorada de si mesmo. Normalmente gruda em alguém para ser o seu guru em todos os aspectos da vida, e se a vítima do dependente moral não perceber a tempo, pode tomar para si um grande problema. Meu conselho neste caso: se cruzar com um dependente moral, fuja! Pois no primeiro ato de frustração sua indignação volta-se justamente contra a pessoa que lhe deu a opinião.

Matéria do site Tempo de Mulher.