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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Qual sua conduta diante de críticas? Reativa ou interativa?

Waleska Farias
Independente de quem você é ou do posto que ocupa, críticas e julgamentos a seu respeito ou sobre sua conduta farão parte da sua rotina. Portanto, você deve aprender a avaliar suas reações e adotar uma maneira civilizada para lidar com esse tipo de evento.
Com base na observação de como as pessoas reagem a esse respeito, pautamos algumas sugestões de conduta para que você possa avaliar suas atitudes e adequar seu comportamento de forma que possa efetuar conquistas, adequando melhor sua postura diante dos acontecimentos cotidianos.
Não seja reativo: a despeito de, atualmente, nos munirmos de “argumentos defensivos” para nos precaver contra criticas e retaliações inesperadas por parte das pessoas com quem interagimos, retrucar de imediato sem refletir a respeito do que lhe foi dito não ajudará em nada. Pelo contrário, reações impulsivas nos mantêm reféns de relações hostis, nos distanciando da proposta de aceitação das diferenças e da harmonia no convívio em grupo. Ao refletir sobre alguns comentários a nosso respeito, por mais duros que possam parecer, nos ajuda a exercer o autoconhecimento e melhorar nossas relações interpessoais.

Faça Considerações: Cultive o hábito de refletir sobre os comentários e elabore um argumento coerente antes de responder de forma impulsiva. Essa postura o ajudará a ser empático no trato com as pessoas, fortalecendo, também, sua auto-estima.

Lembre-se de que, no calor dos ânimos e sob pressão, as pessoas são levadas a agir sob impulso, onde nem sempre têm noção do que estão dizendo ou das razões que as levaram a fazer a crítica sem o devido cuidado na forma como fazê-la. Seja condescendente com as pessoas com as quais convive.

Exerça o autoconhecimento: É muito difícil aceitar um comentário ruim ou digerir uma crítica a nosso respeito. Mas, temos, sempre, a oportunidade de reavaliar nossas atitudes nossas e perceber quando e de que forma afetamos as pessoas com estilos e percepções diferentes. Alguns eventos podem nos oferecer grande aprendizado se estivermos atentos ao modo como afetamos as pessoas a nossa volta.

De cada crítica ou julgamento a seu respeito retire um aprendizado. Independente de ter ou não fundamento, tudo que é dito a nosso respeito deve servir como um instrumento de aferição para que possamos programar melhorias quanto às nossa conduta. Posicione-se com clareza para esclarecer as questões levantadas, e se oportuno, inclusive, agradeça a pessoa por permitir que você reavalie sua atitude. Aliás, agradecer é, sempre, um gesto muito nobre!

Aproveite as oportunidades para dar seu salto de qualidade: Quando os comentários ou críticas não procederem, elabore um racional e dê retorno de forma assertiva e gentil à pessoa envolvida. Certamente, essa atitude aumentará sua credibilidade junto ao grupo e o tornará mais preparado para agir em situações similares. Se você refletiu e chegou à conclusão de que as críticas eram pertinentes, aproveite a oportunidade para rever posições e efetuar mudanças necessárias.
Muito do que nós evoluímos diz respeito às avaliações que fazemos de nós mesmos movidos por comentários de terceiros. Aceitar uma crítica pode levá-lo a várias conquistas quanto ao seu aperfeiçoamento pessoal e profissional.

Quando contra-argumentar não for possível, registre o aprendizado: Algumas vezes não temos a oportunidade de argumentar a respeito do que nos é dito ou feito. Mas tenha sempre em mente que “todas” as situações do nosso dia-a-dia nos oferecem oportunidade de aprendizado.
Independente de você não ter como agir em defesa própria diante da pessoa que efetuou a crítica, registre a mensagem que você tirou do episódio e assimile o conhecimento. Nesses momentos é que temos chance de exercer a humildade nobre e evoluir pelo aprendizado com o outro.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Especialista ensina como se vestir para o trabalho

Ana Luiza Jimenez

Já parou para pensar que a forma como você se veste pode interferir na imagem profissional que você passa? Se você não liga muito para as roupas que usa no trabalho, fique sabendo que as empresas se preocupam (e muito!) com isso. É para isso que existe o famoso dress code ou código de vestimenta, que estabelece como os profissionais devem se vestir.
Segundo a consultora de imagem Ana Vaz, usar roupas adequadas para o ambiente corporativo pode influenciar até no sucesso profissional. “Em um mundo onde muitos profissionais têm a mesma qualificação técnica, uma imagem bem cuidada e coerente com a marca da empresa pode ser diferencial”, diz ela.
Para que não reste nenhuma dúvida, existem companhias que instituem um dress code formalizado, indicando numa cartilha o que os profissionais da empresa podem ou não usar. O banco Itaú faz parte desse grupo.
A instituição financeira indica camisas de tecido (mangas curtas ou compridas), vestido de comprimento na altura do joelho, terninhos e blazers, calça de algodão ou sarja e jeans clássicos (apenas às sextas-feiras). A cartilha do Itaú cita alguns trajes inapropriados, como barriga de fora, camisetas e roupas para prática de esportes. As mulheres também precisam ficar atentas a tecidos muito leves, rendados, brilhantes, transparentes e peças que mostrem ou se pareçam com lingerie.
Não há nada formalizado no que diz respeito a maquiagem, barba e corte de cabelo, fica valendo o bom senso dos funcionários. A barba, desde que bem cuidada, é permitida para os homens.
As regras são mais rígidas para os colaboradores que têm contato direto com clientes e fornecedores. Nesses casos, os itens terno e gravata ou tailleurs ainda são indispensáveis.
Acerte na combinação - Muitas empresas ainda não contam com um dress code formalizado, mas não é por isso que o profissional pode deixar de se vestir adequadamente para o ambiente de trabalho. Para não errar no visual corporativo, confira as dicas de Alana Rodrigues, consultora especializada em imagem pessoal.
Conheça o perfil de onde trabalha - Pesquise o site, os objetivos e o perfil de cliente da empresa. Essas informações são importantes para identificar se o ambiente profissional é casual ou informal. Outro fator a ser observado é como as pessoas que estão acima de você se vestem. Assim, é possível ter uma referência de profissionais que estão na companhia há mais tempo. Outra dica é conversar com o RH da empresa e informar-se sobre orientações de como se vestir adequadamente.
Muito além da roupa – Se engana quem acredita que a imagem pessoal se limita à vestimenta. O comportamento no ambiente de trabalho também é um fator que colabora para compor a imagem passada para os colegas. “Vale a pena prestar atenção ao tom de voz, organização da mesa, maneira de andar e forma de falar com amigos. Tudo deve ser o mais discreto possível”, diz a consultora.
Dicas para as mulheres – O bom senso é sempre o caminho ideal para quem tem dúvidas na hora de vestir, principalmente no ambiente profissional. Como as mulheres têm mais opções de roupas e acessórios no guarda-roupa, as chances de errar o visual são maiores. Segundo Alana, é preciso atenção redobrada com decotes extravagantes, comprimentos muito curtos, rasteiras abertas e tamancos, jeans rasgado e de cintura muito baixa, tecidos de má qualidade, muita mistura de cor com acessórios exagerados, roupas em estado de doação ou com pequenos consertos e acessórios que fazem muito barulho.
Quando o assunto é maquiagem, descrição e leveza são fundamentais. A especialista indica evitar sombras de cores vibrantes, brilhos e blush muito marcado. Para aquelas que não dispensam o batom em tons escuros, todo o cuidado é pouco: “pinte todo o lábio com um lápis da mesma cor e só depois aplique o batom tirando o excesso com papel e repassando mais uma vez”, aconselha Alana.
Dicas para os homens – Segundo a consultora, os homens devem estar sempre atentos a ternos em tamanho grande demais, camisas de tecido de má qualidade, sapatos desgastados, combinação de cores diferente entre meia e sapato, camisas muito chamativas. Para aqueles que não vivem sem um toque de cor, a dica é investir em gravatas coloridas.
Apesar de nem todas as empresas exigirem a barba sempre feita, é importante mantê-la aparada e bem cuidada. Além disso, o cabelo dos garotos deve estar sempre cortado ou, se for comprido, preso.  Vale lembrar que profissionais da área da saúde devem ter a barba sempre feita para transmitir higiene e limpeza.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Carreira & Imagem e Etiqueta do Trabalho: sua postura é sua marca registrada!

Waleska Farias

Faz tempo que as “regras de etiqueta” deixaram de figurar apenas como bons modos em eventos sociais. As noções de etiqueta ultrapassaram a fronteira dos protocolos, restaurantes, e cerimoniais. O comportamento é repetitivo, e “o costume de casa vai à praça”, portanto, é importante que as pessoas tenham o bom senso de avaliar as normas de etiquetas como uma questão básica de educação e boa conduta que se aplicam a diversas situações no âmbito social e profissional.

Ser descortês, falar alto demais, beber além da conta, fazer do celular um megafone, descuidar-se da aparência pessoal, privilegiar somente a si mesmo, ignorar a necessidade do outro, pode comprometer sua imagem pessoal e trazer consequências danosas quanto à sua credibilidade. E, como tudo depende do comprometimento de cada um no que tange à sua própria evolução, é sensato atentar para os apelos da civilidade e garantir um diferencial quanto aos padrões de comportamento, pois as boas maneiras nunca saem de moda e são sempre muito bem vistas.

A etiqueta do trabalho é a garantia para a manutenção do respeito mútuo e da convivência pacífica nas empresas. Indicativos do marketing pessoal como conduta profissional, desenvoltura, adaptabilidade, comunicação eficaz, rede de relacionamento e espírito de equipe e liderança são pré-requisitos desse novo perfil profissional demandado pelas empresas.
No universo corporativo não há mais espaço para profissionais que galgam cabeças e se negam a incluir a percepção do outro nas suas realidades. Conceitos como cordialidade, respeito, humildade e acolhimento são cada vez mais demandados pelas empresas na busca desse novo perfil profissional. Afinal, do que adianta ser bem formado se for mal educado?

Waleska Farias
Coaching, Gestão de Carreira & Imagem.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Executivos de RH dizem quem é o jovem profissional dos seus sonhos

Fernanda Bottoni

No Conexão 4x4, Sofia Esteves, presidente da DMRH/Cia de Talentos e mediadora do evento, perguntou qual é o jovem profissional dos sonhos das grandes empresas. O resultado? Um perfil quase de super-herói, mas humilde e sempre disposto a aprender.
Carla Barreto, diretora de Programa de Pessoas e Organização da Odebrecht, começou dizendo que a primeira coisa que interessa à empresa é a base de formação familiar dos candidatos. “Nossa cultura está muito baseada em valores de respeito às pessoas, humildade e espírito para servir e a gente aprende isso em casa. Não tenham dúvida de que esse é o primeiro olhar que a gente tem sobre vocês na Odebrecht.”
Para ela, a ansiedade, que ela prefere chamar e inquietude, é o grande trunfo dos jovens. “Ela traz uma contribuição positiva, mas precisa ser associada à humildade e à capacidade de ouvir.”
Marcelo Luís Orticelli, diretor de Cultura e Gente do Itaú-Unibanco, diz que o banco procura jovens que deem 100% de si em tudo o que fazem, seja qual for o seu objetivo. “Procuramos jovens que tenham um sonho, uma ambição, que não precisa ser dinheiro, é aquele brilho de buscar alguma coisa”, diz ele. Para ser o jovem dos sonhos do Itaú é preciso ter capacidade de realização e de relacionamento. “Somos um mundo de pessoas e uma empresa que presta serviços a pessoas”, diz ele. Também é preciso ter valores como humildade, respeito e ousadia. “Queremos pessoas que transformem, que não estejam satisfeitas com o que enxergam e que não virem as costas para o que ainda não está bom.”
Cíntia Magno, gerente-geral de Processos de RH da Vale, busca um jovem que se adapte rapidamente a mudanças e diferentes contextos. “Temos dois business na Vale, mineração e mudança”, diz ela. Por isso a empresa busca pessoas dispostas a questionar a situação e que tenham mobilidade para ir onde o minério está. “Não achamos minério em Paris, né?”, diz ela.
Por fim, Andrea Vernacci, gerente de recrutamento e seleção da Natura, completa o perfil do jovem ideal: “Buscamos pessoas com capacidade de entrega e de relacionamento. As duas características têm de andar juntas.”
 O Conexão 4x4 é um evento realizado pelo ClickCarreira que reúne executivos e jovens profissionais para discutir vida profissional e mercado de trabalho.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Salários inflacionados: estagiários ganham mais de 2 mil reais

Fernanda Bottoni

A guerra das empresas pelos profissionais do mercado chegou também aos estagiários. Bom para eles, claro, que nos últimos três anos vêm ganhando cada vez mais. Segundo levantamento das principais consultorias do Brasil, o valor da bolsa-auxílio aumentou entre 20% e 30% no período.
Como afirma Manoela Costa, gerente da Page Talent, os salários de forma geral estão inflacionados... No entanto, essa “inflação” não necessariamente está acompanhando a entrega dos profissionais – tanto dos mais experientes quanto dos iniciantes. “Tem bastante gente ganhando muito bem e sem entregar tudo o que a empresa espera”, diz ela. Sem muita alternativa, as empresas acabam aceitando a situação para não perder o profissional para a concorrência. “Entre os estagiários, principalmente, as empresas pagam mais porque querem jovens já com alguma experiência, conhecimento em idiomas e, de preferência, que já tenham morado fora do país.”
Disputa acirrada Para ganhar conquistar uma boa vaga, no entanto, a concorrência é intensa. Para você ter uma ideia, em 2011, a Cia de Talentos trabalhou  2,3 mil vagas de estágio. Sabe quantas pessoas participaram da seleção para essas vagas? Nada menos do que 162 mil. Uma continha simples demonstra que a relação de candidato por vaga chegou a 70,4. Em 2012, já foram 891 vagas no primeiro semestre, que historicamente é bem mais fraco que o segundo. O número de inscritos? Quase 66 mil! Relação de 74 candidatos por vaga. Quer saber mais? No ano passado, o curso de Medicina da USP – famoso por ser disputadíssimo – teve relação de candidato por vaga de 51,18.  Parece brincadeira, mas não é. E nem estamos falando das vagas de trainee, famosas por alavancar uma infinidades de candidatos para uma pequena quantidade de vagas.  
Quem paga mais – Entre os segmentos que oferecem melhor remuneração aos estagiários estão os Bancos de Investimento de grande porte, em que um estudante que faz 6 horas diárias de estágio pode ganhar R$ 2,2 mil, e o Automobilístico, em que a remuneração para a mesma carga horária alcança os R$ 2 mil. Já os Bancos de Varejo não costumam ser tão bacanas com seus pupilos. Um estagiário que dedica 6 horas diárias a uma agência leva entre R$ 900 e R$ 1,2 mil por mês. Uma diferença e tanto. Já nas áreas corporativos dos bancos, a remuneração fica entre R$ 1 mil e R$ 1,4 mil.
Há ainda os segmentos campeões na variação da bolsa-auxílio. Um estagiário do setor Farmacêutico, por exemplo, pode ganhar de R$ 843 a R$ 1,7 mil reais por seis horas diárias de trabalho. Na Indústria Brasileira, o valor máximo também chega a ser o dobro do valor mínimo. O universitário ganha de R$ 800 a R$ 1,6 mil. As informações são da Page Talent.
Quer saber mais? Confira a tabela detalhada com os dados fornecidos pela Page Talent. Depois, claro, pode se jogar no calendário dos maiores programas de estágio do Sudeste e das outras regiões do país. Boa sorte! 

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Contratados pelo Q.I., Demitidos pelo Q.E.

Waleska Farias

No universo corporativo, bem como nos demais segmentos da nossa vida, terão sucesso aqueles que, dedicados ao seu aperfeiçoamento pessoal, com boa dose de resiliência e determinação, se adaptarem ao meio e àqueles com quem convivem

Até pouco tempo atrás, as considerações a respeito do Q.I. (quociente intelectual) das pessoas nos levou à crença de que o sucesso de nossas conquistas estava prioritariamente ligado à nossa qualificação acadêmica. Eram vistos como gênios e fadados ao sucesso aqueles que gabaritavam testes e tinham agilidade de raciocínio.
Diante dessa afirmação, por muito tempo admitimos que esse fosse o grande propósito da vida: promover a capacitação técnica, pois os mais inteligentes tornar-se-iam os principais agentes de mudança no universo corporativo. Mesmo na atualidade, quando das entrevistas de emprego, ainda é comum que aspectos como conhecimento técnico e experiência na função sejam os principais requisitos nos processos de contratação profissional.

Com o passar do tempo, estudos a respeito da excelência humana comprovaram que as pessoas com Q.I. excepcional não eram, obrigatoriamente, bem-sucedidas profissionalmente. Enquanto outras com QI Moderado, mas dotadas de determinadas competências emocionais sobressaíam-se em suas carreiras. Aspectos como empatia, autogestão, proatividade e flexibilidade passaram a pautar a condição de bem-sucedido no mercado de trabalho.

São recorrentes as queixas de empresários sobre seus colaboradores, dada a dificuldade de se relacionarem em equipe. Ouve-se muito a respeito de centralização, reatividade a críticas e postura defensiva nas empresas.

Na prática, constata-se que as empresas, cada vez mais, tentam munir-se de recursos que possibilitem antever características relacionadas ao perfil sociopsicológico de seus colaboradores e evitar contratações indevidas. Inclusive, um dos papeis do RH é buscar suporte através dos testes de aferição de perfil, que traga luz às questões referentes ao padrão comportamental e temperamento de seus futuros colaboradores.

É sabido que a contratação de um profissional desprovido de ética, respeito mútuo e disposição para atuar em conjunto pode comprometer o clima no ambiente de trabalho e provocar sérios problemas à equipe e por consequência à empresa. E não é comum ver um candidato fazer meia culpa na entrevista e confessar que não gosta de trabalhar em equipe, não digere bem críticas e muito menos alguma repreensão sobre sua conduta na empresa.

Dada a dificuldade de manter um convívio saudável nos ambientes de trabalho, são cada vez mais recorrentes casos sobre assédio moral e justa causa nas empresas, decorrentes de problemas de ordem emocional. Portanto é essencial aprender a controlar a ansiedade e impulsividade. O fato de trabalharmos expostos e sob pressão, além de muitas vezes termos de interagir com pessoas, aparentemente, tão diferentes de nós, ao longo do tempo, propicia uma animosidade por vezes desconhecidas até mesmo de nós próprios.
Independente de termos ou não razão, somos avaliados o tempo inteiro pela ótica de outras pessoas, que nem sempre comungam das nossas ideias e opiniões. Nos ajuda ter consciência de que, assim como nós, os outros também têm suas limitações, e antes de assumirmos uma postura expressa de oposição àqueles com quem trabalhamos, é preferível, em alguns casos, procurar uma oportunidade de trabalho em outro local antes de macularmos nossa reputação e credibilidade profissional.

Certo ditado fala que “não somos o que dizemos, mas o que fazemos”. Fato esse que nos leva a refletir sobre como nossas atitudes influenciam na formação da nossa imagem, pois somos constantemente avaliados por nossas ações e reações e através delas é que as pessoas formam e expressam opiniões a nosso respeito.

Vale ressaltar que o conhecimento técnico e especializado será sempre de fundamental importância, pois é o recurso que nos torna capazes de desempenhar as funções pelas quais somos responsáveis. Mas o desenvolvimento das competências emocionais, no longo prazo, é o que permitirá a nossa sustentabilidade pessoal e excelência das nossas relações de trabalho.

Nesse contexto, a única forma que nos permite conquistar a confiança de nossos colegas e chefias e certa estabilidade na empresa é pensar duas vezes antes de agir, tendo conhecimento de que, a despeito de nossas habilidades acadêmicas, são nossas decisões e forma como interagimos nas nossas relações interpessoais que pautarão o sucesso ou fracasso das nossas conquistas profissionais.

No universo corporativo, bem como nos demais segmentos da nossa vida, terão sucesso aqueles que, dedicados ao seu aperfeiçoamento pessoal, com boa dose de resiliência e determinação, se adaptarem ao meio e àqueles com quem convivem. E somente a criação de um diferencial pelo desenvolvimento das habilidades emocionais nos distanciará do estigma de sermos contratados pelo Q.I. e demitidos pelo Q.E. (Inteligência Emocional).

Waleska Farias
Gestão de Carreira & Imagem.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Jovens esperam chegar ao topo da carreira entre 25 e 30 anos

Rachel Sciré

A maior parte dos jovens (47,17%) espera chegar ao topo da carreira quando estiver com idade entre 25 e 30 anos. Foi o que revelou uma pesquisa realizada entre 16 e 27 de abril, com 10621 participantes, no site do Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube).

Já 29,14%, gostariam de alcançar o êxito profissional até o período de 30 a 40 anos. Na sequência, 16,60% pretendem cumprir os objetivos antes de completar os 25. Por fim, 7% dos participantes da pesquisa acredita que a maturidade é fator primordial para obter uma posição de liderança e pretendem ter sucesso profissional quando estiverem acima de 40 anos.

 “Pressa e busca por resultados instantâneos fazem parte da rotina do jovem”, afirmou a analista treinamento do Nube, Rafaela Vieira. Essa característica é notada por gestores, tanto em processos seletivos, como no dia a dia das empresas. “Além disso, muitas vezes o estagiário deixa de aprender mais, por tentar a sorte em novos ares, antes de dar tempo para o seu crescimento”, disse.

Dicas para crescer – Para seguir uma trajetória de sucesso e acumular conquistas profissionais, é preciso estar atento a algumas atitudes. Em primeiro lugar, estar em sintonia com o clima organizacional da empresa em que atua e aprender sempre o máximo possível. Todos os desafios contribuirão para desenvolver o talento dos jovens.

Também é importante adaptar-se às diferentes funções nas quais for solicitado. Se a empresa te indicou para realizar uma tarefa, é porque acredita no seu potencial. De acordo com a especialista do Nube, ter “mente aberto” e disposição para agregar valor encurtará o caminho até o topo da carreira.    

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Programa Jovens Profissionais X Trainee. Sabe a diferença?

Rachel Sciré

Você já deve ter ouvido falar dos programas de Jovens Profissionais, mas se enganou se achava que eles eram uma variação dos programas de trainee. Conforme explica Juliana Nascimento, gerente da DM Especialistas, os programas para Jovens Profissionais (JP) têm foco em treinamentos comportamentais dentro de um contexto técnico, em curto e médio prazo. “São buscados jovens com formação específica e experiência mínima de um ou dois anos na área. A formação recente pode nem ser considerada como um critério na seleção”, diz.
Já os programas de trainee, em geral, exigem formação há, no máximo, dois anos, aceitam jovens de cursos variados e a experiência na área não é requisito. Aqui, o foco são os treinamentos comportamentais, que acontecem por um período mais longo, para desenvolver um profissional generalista.

Líderes instantâneos – Os programas de Trainee e de Jovens Profissionais abastecem diferentes níveis dentro da organização. “Enquanto um trainee é formado para ser um futuro sucessor da organização, um JP pode ser desenvolvido para atender expectativas de uma área específica”, conta Juliana.

Por isso também a duração dos programas de JP é menor – cerca de seis meses. Depois dos treinamentos, a empresa conta com jovens profissionais capacitados em uma área específica, que já possuem experiência anterior, e que irão assumir cargos de liderança (coordenador, gerente ou executivo), por exemplo. Assim, os salários oferecidos depois do programa também costumam ser altos, podendo chegar a R$8 mil, em alguns casos.

Durante o programa de JP, o salário pode ser similar ao pago aos trainees, mas os valores dependem muito da empresa contratante. “Mesmo quando consideramos os trainees, temos variações que vão de R$3 mil a R$6 mil”, exemplifica. Além disso, ele variará em função do nível de profissional que o programa pretende formar: analista pleno, analista sênior, coordenador, gerente.

Já os trainees ficam entre um e três anos na empresa e, normalmente, conquistam um cargo sênior. A perspectiva de assumir cargos de liderança é em longo prazo. “Há muito tempo os programas de trainees deixaram de formar gerentes logo após o seu término. Isso ocorre devido ao aumento da complexidade das organizações e da imaturidade dos jovens”, explica Juliana.

Em ambos os casos, os processos seletivos podem ser semelhantes, com etapas online e presenciais. O que muda de fato é o perfil dos profissionais buscados, que nos JPs é menos abrangente do que nos programas de trainee e incluem requisitos técnicos. 

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Quais são as características do profissional de sucesso

Mariana Fonseca

“Pessoas de atitude fazem o que gostam”, foi assim que o advogado e empresário Tiago Aguiar começou a palestra no primeiro dia da Feira do Estudante. Ele, que ficou conhecido por ter conquistado a sociedade com o publicitário Roberto Justus ao vencer o programa Aprendiz 4 – O Sócio, incentivou os jovens da platéia a buscar a realização profissional. “Muito mais do que ganhar dinheiro, você deve exercer uma profissão que lhe dê prazer”, diz.
Tiago montou seu próprio escritório ao sair da faculdade, cinco anos depois estava trabalhando nas Nações Unidas em Nova York pelo Internship Programme. “Com a oportunidade de ser voluntário, percebi que gostaria de trabalhar em algo que mudasse de alguma maneira a vida das pessoas”, diz ele.
Quando voltou para o Brasil, ele resolveu abrir mão da sua carreira como advogado para fazer o que realmente queria. “Conheci uma pessoa que estava lançando um produto para lavar carros sem água. Achei aquela ideia genial, pois uma lavagem de carro gasta em média 500 litros de água. Então, não pensei nem meio minuto, vendi meu escritório e abracei a causa por acreditar que aquilo iria promover soluções ambientais e sociais”.
Segundo Tiago, muitas pessoas acharam a atitude dele uma loucura, mas ele não deu ouvidos para os desestímulos e focou nos seus objetivos. “Por mais que digam que o que queria fazer não é possível ou que não vai ter lucros, persista, pois quando acreditamos num sonho, não medimos esforços para alcançá-lo”.
Não existe uma fórmula pronta para conquistar o sucesso, mas alguns comportamentos ajudam na busca pela realização profissional. “Atitude é a principal característica que alguém deve ter para correr atrás do que deseja”, afirma. Além disso, Tiago complementou que as pessoas de atitude não têm medo de sair da zona de conforto e errar. “A superação faz parte do processo de crescimento, o grande erro das pessoas é desistir no primeiro obstáculo que aparece”.
No final do bate-papo, o advogado destacou as principais características dos profissionais bem sucedidos.  “Todos tinham um sonho. E para realizá-lo tiveram ambição, motivação, foco, confiança e talento. Essas pessoas também têm facilidade para aprender coisas novas, procuram soluções para os problemas, tomam decisões e buscam pessoas para trabalhar juntos”.