Claudia Gasparini
Na
cabeça de muita gente, dinâmicas de grupo são sinônimo de constrangimento,
pânico ou simplesmente perda de tempo.
Para
Eduardo Ferraz, consultor especializado no assunto pela SBDG (Sociedade
Brasileira de Dinâmica dos Grupos), é comum que as pessoas
"satanizem" essa ferramenta do recrutamento por causa de más
experiências.
“Muita
gente diz que dinâmica é uma bobagem. Se for mal feita, realmente não passa de
uma grande bobagem mesmo”, diz ele.
Dinâmicas
bem conduzidas, no entanto, podem ser uma ferramenta preciosa para empregadores
- e também para candidatos. Isso porque elas servem para revelar quem é o
profissional de verdade.
“A
dinâmica é basicamente um instrumento para medir compatibilidade, o que é bom
para os dois lados”, explica Ferraz.
Já
que a ideia é verificar se você e o seu empregador "combinam", a
sinceridade é sempre o melhor caminho. "Fingir ser outra pessoa na
dinâmica é o erro mais grave que um candidato pode cometer", diz Caroline
Badra, consultora da Asap Recruiters.
Veja
abaixo 7 perguntas sobre o tema respondidas pelos dois especialistas ouvidos
por EXAME.com:
1.
Dá para se preparar para uma dinâmica de grupo?
Não exatamente. A dinâmica serve justamente para avaliar aquilo que não pode ser ensaiado antes. Por isso, não há nenhuma preparação específica para a atividade. “O candidato deve se preparar apenas para agir naturalmente e ser ele mesmo”, diz Ferraz.
2. O que se costuma avaliar nessa fase do processo?
O momento serve para avaliar a personalidade e as competências comportamentais do candidato. Segundo Caroline, habilidades de relacionamento interpessoal, criatividade, iniciativa, liderança e facilidade para se comunicar são alguns exemplos do que os recrutadores costumam observar.
3. Como demonstrar liderança diante do grupo sem parecer autoritário?
É fundamental mostrar firmeza e segurança nas suas posições, de acordo com Ferraz. Isso não significa, porém, que você tenha licença para desrespeitar o outro. O conselho do consultor é que você demonstre energia para a discussão, mas sem jamais perder o equilíbrio emocional.
4. Quais são os "pecados mortais" numa dinâmica de grupo?
Para Caroline, o maior perigo está no excesso. Ficar muito calado e retraído, por exemplo, pode queimar a sua imagem - o que não é menos grave do que falar demais. Ferraz diz que incoerência e agressividade também costumam desclassificar candidatos.
Não exatamente. A dinâmica serve justamente para avaliar aquilo que não pode ser ensaiado antes. Por isso, não há nenhuma preparação específica para a atividade. “O candidato deve se preparar apenas para agir naturalmente e ser ele mesmo”, diz Ferraz.
2. O que se costuma avaliar nessa fase do processo?
O momento serve para avaliar a personalidade e as competências comportamentais do candidato. Segundo Caroline, habilidades de relacionamento interpessoal, criatividade, iniciativa, liderança e facilidade para se comunicar são alguns exemplos do que os recrutadores costumam observar.
3. Como demonstrar liderança diante do grupo sem parecer autoritário?
É fundamental mostrar firmeza e segurança nas suas posições, de acordo com Ferraz. Isso não significa, porém, que você tenha licença para desrespeitar o outro. O conselho do consultor é que você demonstre energia para a discussão, mas sem jamais perder o equilíbrio emocional.
4. Quais são os "pecados mortais" numa dinâmica de grupo?
Para Caroline, o maior perigo está no excesso. Ficar muito calado e retraído, por exemplo, pode queimar a sua imagem - o que não é menos grave do que falar demais. Ferraz diz que incoerência e agressividade também costumam desclassificar candidatos.
5.
Qual é a importância das roupas para a avaliação?
O peso das roupas não é tão grande quanto se pensa, na visão de Ferraz. “Basta ter bom senso e se vestir como se você estivesse indo trabalhar”, afirma. Outra dica é pesquisar antes sobre a cultura da empresa e escolher suas roupas de acordo com o código vigente.
6. É muito problemático demonstrar nervosismo?
Segundo Ferraz, as emoções são naturais e ninguém será julgado ou desclassificado por deixar transparecer sua tensão. O único cuidado necessário é não deixar os nervos levarem à descompensação emocional. “Muita gente tensa acaba perdendo o controle, gritando e até chorando na dinâmica, o que obviamente não pega nada bem”, diz ele.
7. Existe um limite para a formalidade (ou informalidade)?
Não há uma fronteira clara, mas é preciso bom senso. Para Caroline, pessoas informais demais podem parecer pouco profissionais, enquanto as mais formais correm o risco de transmitir artificialidade. O conselho de Ferraz é que a sua atitude se paute pela cultura da empresa. "É preciso captar a postura das pessoas na dinâmica e se adaptar rapidamente”, diz o consultor.
O peso das roupas não é tão grande quanto se pensa, na visão de Ferraz. “Basta ter bom senso e se vestir como se você estivesse indo trabalhar”, afirma. Outra dica é pesquisar antes sobre a cultura da empresa e escolher suas roupas de acordo com o código vigente.
6. É muito problemático demonstrar nervosismo?
Segundo Ferraz, as emoções são naturais e ninguém será julgado ou desclassificado por deixar transparecer sua tensão. O único cuidado necessário é não deixar os nervos levarem à descompensação emocional. “Muita gente tensa acaba perdendo o controle, gritando e até chorando na dinâmica, o que obviamente não pega nada bem”, diz ele.
7. Existe um limite para a formalidade (ou informalidade)?
Não há uma fronteira clara, mas é preciso bom senso. Para Caroline, pessoas informais demais podem parecer pouco profissionais, enquanto as mais formais correm o risco de transmitir artificialidade. O conselho de Ferraz é que a sua atitude se paute pela cultura da empresa. "É preciso captar a postura das pessoas na dinâmica e se adaptar rapidamente”, diz o consultor.
Fonte:
Exame.com